UMA GRANDE FAMÍLIA DE BENGUELA EM VIA
DE EXTINÇÃO
FASTUDO ROSA
Benguela, já tinha tentado fazer este artigo antes. Hoje o jornal
ChelaPress, na sua versão electrônica, com base em algumas informações
disponíveis, relembra o percurso tortuoso de uma das famílias mais tradicionais
da cidade de Benguela. Trata-se da família Fastudo
Rosa, cujo patriarca é o Luís
Fastudo Augusto Rosa, natural do Kwanza Sul. Tudo nela aconteceu muito cedo. Uma família sem esperanças à
semelhança de muitas famílias benguelenses, “cilindradas” pelos caminhos e descaminhos da revolução, marcada
pelo 25 de Abril de 1974. Choque, revolta, ignorância política e humana, ingenuidade,
falta de informação humana e política, prepotência, impotência… A intenção de
ser e fazer o melhor que animava todos, caiu que nem um banho de água fria.
Há exactamente 39 anos, teve epicentro em Luanda, mas chegou a Benguela
com grande violência.
Benguela ficou vazia, a sua gente foi obrigada a fugir e muitos a
emigrarem para outras latitudes.
No calor violento de todo este processo incompreendido, Benguela ficou
completamente descaracterizada.
A honorabilidade e bom-nome foram afectadas pelas mortes inconcebíveis e
notícias inverídicas e erróneas, propaladas por quem tomou o direito de Estado.
No entanto, fala-se pouco destes tempos. Devastou famílias e destruíram-se valores
morais e materiais.
A família Fastudo Rosa e
outras mais, directa ou indirectamente, por razões diversas: sociais, políticas
e de guerra “sem quartel” foram atiradas para “o escanteio”´. Onde andarão? Domingos
Tavares Fastudo Rosa, Maria Feliciana Fastudo Rosa, Victória Fastudo Rosa Dinau
Henrique, António Fastudo Rosa (Zito) – morto (O furriel de N’dalatando, 1º
Comandante da O.D.P – Organização de Defesa Popular de Benguela), Luís Fastudo Rosa Júnior (Lulú) – falecido, Alfredo Fastudo Rosa (Dino) – morto, Domingos Fastudo Rosa (Tinke) – falecido, Andreza Fastudo Rosa Costa, Maria
Teresa Fastudo Rosa. Eram tantos, tinham espaço e gozavam de credibilidade e
admiração. Hoje os que sobraram estão dispersos, mas resistentes. Até a residência
de família, no bairro da fronteira… provavelmente já não existirá!
Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress
COM MUITA HONRA QUE CONVIVO COM O GRANDE CAMARADA WALTER FASTUDO "DIDI" só não tinha o conhecimento de tamanha responsabilidade cultural que o mesmo ostenta, graças ao jornal electrónico a que tive acesso desde já dar o meu voto ao o jornal ChelaPress e que mas Histórias ou individualidades vem a ser citada, afinal de contas isto engrandece não uma província de Benguela assim como fica a ganhar o acervo cultural que a mesma representa não a nível nacional com a nível internacional "Grande abraço" Didi
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