SALVEM A BAÍA-AZUL
AJUDEMOS A ADMINISTRADORA MARIA JOÃO
A Baía-Farta transformada num foco de doenças, precisa de ajuda imediata
e de sensibilidade.
Agora, o turismo que virou moda em Angola, quer fazer a sua marca mas,
uma marca diferente.
Uma marca com muito sacrifício e “handicaps”
será divulgada ao mundo, toda a beleza, riqueza (natureza, fauna marítima) mistérios,
cultura e fascínio que habitam em Angola. Aliás, o sonho do turismo, o massacre
das potencialidades turísticas, esta marca, cada vez menos representativa,
representa mais uma desilusão para Angola.
Benguela tem muito para mostrar ao mundo. A começar pela sua marca: A
Baía-Azul.
São sinuosos os caminhos do paraíso. Chegar à Baía-Azul, no município da
Baía-Farta, província de Benguela não é diferente. Andar pela Baía-Farta, pela
Baía-Azul um dos maiores ex: libris de Benguela e quiçá de Angola, por agora,
não é a melhor alternativa, obriga a tactear caminhos.
Exalar o ar nauseabundo. Lixo acumulado, peixe escalado e seco nos
quintais e sem condições, assim como algumas pescarias nomeadamente a Pesca Fresca que por falta de E.T.R. –
Estação de Tratamento Residual, colocam em risco a saúde dos cidadãos. Os
resíduos líquidos (gorduras) provenientes da transformação do peixe e outros químicos,
vão diretamente para o mar, estuário, poluindo até a sua desintegração. Os
resíduos sólidos (peixes estragados) são igualmente lançados ao mar, quando não
permanecem mesmo no local do crime, provocando perturbações estomacais, vómitos
e sérios problemas respiratórios as populações circundantes. Poluem o mar e subsequentemente matam as espécies
marítimas.
Quando parece que está tudo controlado pelas autoridades de direito, se
renova a esperança da redescoberta do tesouro, mais um desastre. E, mais uma
infinidade de desastres.
No dia 2 de Novembro de 2016, a meio da tarde, a praia da Baía-Azul, foi
tomada por milhares de sardinhas mortas. Como se não bastasse para desconsolo
dos moradores, às 22 horas do mesmo dia o mar começou a “cuspir” toneladas de sardinha “mandongo”
pequenas “Cabuenha”.
Segundo informações, prestadas no local pelos populares do bairro, esta tragédia
foi provocada por chatas malhadeiras, cujas redes completamente abarrotadas
foram invadidas por pequenos e inofensivos tubarões que circulam na Baía. A quantidade
de sardinha “mandongo” “Cabuenha” que brilhavam sobre o mar era
tanta que a população aos “magotes”
que tem vindo a apelar por comida, tomou em mãos a responsabilidade de limpar o
mar para seu sustento. Foi um autêntico carnaval de “catação” de pequenos peixes na rebentação do mar. Uma zona balnear
por excelência manchada pela poluição consentida. Turismo sem turistas, apenas
para o inglês ver.
Como será feito o enquadramento do
projecto Benguela Costa Nova no município da Baía-Farta?
Haverá espaços para as fabricas de
farinha de peixe, proibidas internacionalmente, as maiores destruidoras da fauna
marítima?
O peixe a escassear na costa marítima
angolana.
Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress
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