MUITA MENTIRA E MUITO CINISMO NO
MPLA
A RENOVAÇÃO, ATRAVÉS DO VOTO,
IMPÕE-SE
A mais duradoura lição aprendida
com a concentração por indicação de dois cargos numa só pessoa (Governador e 1º
Secretário) consiste em lembrar que a boa democracia dispensam tutelas que
tolhem a vontade da maioria.
Se o poder emana do povo, é recomendável que seja exercido
em seu nome e em função dos seus interesses. Não há motivo razoável, para se
impedir uma troca de políticos e governantes, quando eles não se apresentam a
altura das “encomendas” ou os eleitos
venham a concluir que é a solução mais adequada para atender as prioridades do
partido ou do Governo. Manter ou substituir um concorrente envolve uma decisão
que deve ser resolvida pelos militantes eleitores, que podem ou não aprovar a
escolha dos partidos políticos.
Em Benguela, o M.P.L.A.
está a dar prova de maturidade e democracia. Tudo passa por um processo
eleitoral. Acabaram-se as indicações que envolvem sempre sentimentos adversos e,
por conseguinte, são prejudiciais a unidade e ao crescimento de qualquer
organização. Para tudo tem que haver consenso e não imposição. E, obviamente
tem os seus reflexos na governação do Estado. Chegou a hora dos melhores. Quando
cada um, seja ele político, governante ou não, faz bem a sua parte, Angola
cresce com os angolanos.
Abril de 2016, é o mês da disputa pelo cargo de 1º
secretário municipal de Benguela. Na corrida, dois candidatos: José Manuel Lucombo, actual 1º
secretário municipal e ex-administrador municipal de Benguela e Ângelo Inocêncio ex-2º secretário do M.P.L.A do município de Benguela
dispensado pelo Lucombo,
ex-dirigente da J.M.P.L.A e
actualmente através do voto a interinar a C.N.E.
E por força do regulamento não teremos também na
corrida Leopoldo Muhongo, administrador municipal de Benguela, membro da Comissão Nacional da J.M.P.L.A e
membro convidado do Comitê Municipal do M.P.L.A, que penas deu o ar da sua graça e vai com certeza apoiar a
candidatura de Ângelo Inocêncio.
Apesar de as contas poderem apontar para um
determinado como o vencedor, as conferências electivas têm o factor surpresa.
Foi o que aconteceu em Dezembro de 2015 com a eleição do 1º Secretário do
Comitê de Especialidade dos Empresários e Empreendedorismo do MPLA, em que o
candidato mais forte, quando as campanhas começaram, era Nelito Monteiro. Acabou por perder para Belito Xavier, que a última hora, sem recursos políticos e
financeiros virou o eleitorado a seu favor com empresários anônimos.
Não obstante, o que tem vindo a ser aflorado também, a
volta do comitê provincial do M.P.L.A. em
Benguela, é dado adquirido que ele está muito mal. Precisa urgentemente de
renovação se quiser convencer e mobilizar novos e sérios militantes para o seu
interior. No M.P.L.A, que vença o
melhor!
Os Comitês Municipais do M.P.L.A. em Benguela, politicamente de uma forma geral, estão todos desorientados
e irreconhecíveis. O M.P.L.A. no
interior está mal e no litoral, Benguela, Lobito, Catumbela, e Baía-Farta muito
pior. “Há muita mentira e cinismo que já
não é possível esconder”. Os dirigentes políticos são abertamente
rejeitados pelos militantes.
A UNITA, a CASA-CE e o BD – Bloco Democrático agigantam-se inteligentemente e em surdina têm
vindo a fazer bom trabalho nas hostes do MPLA,
perante impotência e silêncio do mesmo, M.P.L.A.
Porém, em Benguela, acredita-se menos num empate
técnico nas eleições de 2017, entre o M.P.L.A.
e as restantes forças políticas. Tudo continua cada
vez mais confuso e descarta-se já a hipótese de que desta vez, a victoria venha
a ser conquistada no sprint final como tem sido hábito do M.P.L.A.
Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress
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