O MPLA EM
BENGUELA ESTÁ SEM NORTE, ESTÁ DESCARACTERIZADO.
Isaac dos Anjos, 1º secretário do MPLA na
província de Benguela, é um governador visionário, 100% MPLA, habituado a
pensar grande, tem uma visão de como o seu partido inserido deve agir.
Os restantes
membros continuam agir como se na realidade o MPLA fosse o povo e o povo o
MPLA. Se pertences ao MPLA comes, se não pertences, não comes. O povo não é
pertença de ninguém, por conseguinte, não podem condicionar os interesses do
povo, dos grupos sociais e das pessoas individualmente. O MPLA é igual a UNITA,
a qualquer um outro partido, com uma única diferença; está no poder há mais de
trinta anos, o que lhe confere, obviamente, uma experiência maior de
condicionar e confinar os vários povos que compõem Angola, fazendo recurso à
corrupção, à incompetência, aos assassinatos, prisões, ao nepotismo, à
demagogia, tribalismo e racismo.
Maria João, administradora do
Município da Baía Farta, política, adulta e inteligente, fez direitinho as suas
tarefas de casa, e pacientemente recebeu com dignidade a delegação da UNITA, chefiada por Isaías Samakuva e os seus deputados
nacionais, eleitos pelo povo angolano.
Por ocasião da visita de trabalho de Isaías Samakuva, líder da UNITA (maior partido político da
oposição) ao município, os armadores e detentores de pescarias no município
sede, orientados, fizeram política contra a UNITA e contra os deputados nacionais.
Nos meados de Setembro de 2014, o líder
da UNITA que se fazia acompanhar de
políticos e deputados nacionais eleitos pelo povo angolano foram impedidos de
visitar as pescarias todas (VIMAR LDA, de Carlos
Viegas, YEMANJA de Adérito Areias,
SOCIPESCA de Arnaldo Vasconcelos, CONGELE
de Miguel Paim, a PESCA FRESCA de
sul-africanos e Rodrigues Kito, JAGMAR
de José Gloria), excepto a S.E.D.E,
representada pelo carismático Dudu Peres,
que não colocou obstáculos em receber os deputados da UNITA. “Eu sou do MPLA. Não estou com eles, mas, como políticos e
deputados merecem o meu respeito. É o principio da democracia” afirmou Dudu Peres, o patrão da S.E.D.E
– Unidade Pesqueira da Baía Farta.
Os deputados da UNITA e a UNITA, apenas
pretendiam tomar contacto, conhecer a dinâmica e os problemas que as mesmas
enfrentam.
Como representantes do povo angolano
no parlamento, órgão máximo do Estado angolano é um direito, senão mesmo
obrigação, transportar os mais diversos problemas, muitos deles absurdos, que
assolam esta Angola fora de Luanda para conhecimento
e discussão no Parlamento Nacional.
A Baía Farta, a maior praça pesqueira
do país, é maltratada. Os armadores e detentores de pescarias são maltratados a
favor dos grandes e “descomunais” embarcações
de arrasto pelágico russas e chinesas, que levam consigo todos os peixes
pequenos, médios e grandes da costa marítima angolana. Porém, segundo o decreto presidencial nº 15/14, Presidente
da República de 10 de Janeiro de 2014 – 3 do artigo 125 ambos da constituição
da República: é proibida a pesca de arrasto pelágico. Os angolanos estão
impedidos de comer peixe, de usar os seus recursos naturais. Este estado de
coisas não constitui novidade para ninguém, os governantes ligados à pesca e
não só, sabem bem como alguns deles alimentam-se deste esquema bizarro e
anti-patriota.
À boca
pequena, alguns armadores e detentores de pescarias afirmaram que foram
orientados pelo partido MPLA e caso não agissem de acordo com a orientação
superior seriam conotados com a UNITA, penalizados com falta de financiamentos
e outros quejandos. É só chantagem, e ainda por cima com dinheiro do nosso
petróleo e dos nossos impostos!
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