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DIVERSIFICAR SEM DINHEIRO É MUITO MAIS DIFÍCIL - Os agricultores de Angola e de Benguela em particular, têm que assumir as suas responsabilidades senão quiserem ver os seus interesses confundidos e usurpados. E mais, os seus espaços preenchidos por intrujões ou apenas para “hobbies”, mas com dinheiros do Estado.


AGRICULTURA EM BENGUELA NA AGENDA DO DIADIVERSIFICAR SEM DINHEIRO É MUITO MAIS DIFÍCIL



A palavra agricultura anda na boca dos benguelenses e de alguns políticos. Será este o novo caminho para Benguela dilacerada? É mais fácil dizê-lo do que fazê-lo!

Os agricultores de Angola e de Benguela em particular, têm que assumir as suas responsabilidades senão quiserem ver os seus interesses confundidos e usurpados. E mais, os seus espaços preenchidos por intrujões ou apenas para “hobbies”, mas com dinheiros do Estado. 
    
O Grupo já tem nome, são os Amigos da Agricultura. Juntaram-se, no inicio do mês de Fevereiro, em Benguela, e divulgaram uma nota cheia de apelos.
Querem Benguela a sacudir a crise, crescendo na base da agricultura, como uma importante fonte de criação de emprego, investimento, inovação e capital humano.  

Nos últimos quatro anos, dizem que a produção agrícola caiu descomunalmente e Benguela ficou com menos milhares de empregos, neste sector.

Que sentido faz, por isso, andar a perder desnecessariamente a agricultura para outros sectores por causa da actual política industrial ou comercial?
Para muitos, Angola anda a ser “naif”, com as suas regras muito fundamentalistas que prejudicam descaradamente a agricultura e o emprego. 
É a altura certa para saber quem são na verdade, quanto precisam, quanto receberam até hoje, o que fazem e onde estão estes  homens e mulheres que continuarão no centro das atenções do governo até que o Estado se torne mais moderno, mais ágil, mais produtivo e menos … desperdiçador. E, menor grau de exposição ao risco de corrupção.

É verdade que, apesar de todas as crises, do enriquecimento ilícito, o sector da agricultura que hoje temos é ainda um dos melhores sítios de Angola para se trabalhar. Mas é necessário também, reconhecer que esta já não é a agricultura de outros tempos e que está a mudar rapidamente, para caminhos que não são, por tradição, os de Angola. E, fruto de tudo isto, já não sabemos também como é que será esta Angola agrícola no médio prazo. Sem politicas sinceras e objectivas. Cheia de fragilidades e contradições, em permanente dúvida e luta pela sobrevivência, mas, ainda assim, com uma história ímpar de promoção da paz, de aproximação de diferentes povos e culturas, de solidariedade, de democracia política, social e de liberdade.


Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress


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