O DESALENTO É TOTAL NO SEIO DOS PILOTOS!
Com sinergia, e pluralidade, e
coesão...
Em Novembro de 2006, em Seattle,
aeroporto de Moss Lake, Estado de Washington, EUA, seria na circunstância o
primeiro piloto comandante na história inédita da TAAG, e aos comandos do
avião B 777 200 ER, (ainda sob tutela da
Boeing) a efectuar um voo de familiarização e adaptação, tendo para o efeito
executado entre outras manobras, (3) descolagens e aterragens, sendo para tanto
precedido, também com êxito por outros (5) pilotos, do total inicialmente
qualificados.
Na entrega oficial por parte da
"Boieng" do lote de aeronaves a Angola, que se revestiu em si, num
momento com dividendos políticos e de regozijo para a Nação, sou igualmente o
piloto comandante do primeiro avião, que aterrou em apoteose em Luanda no dia
11 de Novembro, num acto assistido e presidido por sua Excia sr. Presidente de
Angola, Eng. José Eduardo dos Santos.
Para a Taag e para muitos de nós,
apesar da emoção e orgulho, ir-se-ia iniciar um ciclo de esperança e de
desafios, para vencer décadas de atraso tecnológico, e definitivamente ombrear
com as melhores práticas da aviação mundial e o aperfeiçoar, na complexidade da
exigência organizacional e normativa, e de conformidade com a nova estrutura de
certificação, não unicamente apoiada na perícia dos pilotos, mas igualmente
assente no rigor da legislação, em que
importa sobretudo cumprir o que se escreve e escrever o que se cumpre, com
apego e apelo escrupuloso à tolerância zero na determinação e observância da
segurança e conforto.
No entanto, do meu ponto de vista, o
poder político exacerbou-se em demasia, no pêndulo desta equação, e exerceu
influência, e talvez até certo ponto, pressionado pelas enormes
responsabilidades, diante dos elevados investimentos, e por tudo quanto estaria
eventualmente em jogo na imagem do País, e quem sabe, queremos admitir...teria
ficado sensível ao aproveitamento de alguns sectores menos vocacionadas a este
delicado e peculiar sector, que exige conhecimento, sabedoria, estudo e ciência
que advém, e se adquire com os largos anos de intricada relação ao meio e da
gíria aeronáutica, e não fazendo gratuitamente jus, como se pretendeu e se
alimentou ao improviso, e na ambição imediata,( promoção) numa atitude pura e
vazia de impressionar; dai o impulsionar e o recurso até a alma, aos
assessores/consultores para garantir o óbvio, e receando de todo, e acima das
suspeitas, para não comprometer....
As companhias e os Países que
entenderam remodelar as suas frotas em tempo oportuno e com razão nobre de
salvaguardar e de perpetuar a hegemonia e soberania nas suas decisões
nucleares, e do asseguramento da matriz nacional e dos seus naturais e maiores
interesses, nunca permitiram jamais, o que Hoje se assiste a contento, no nosso
caso, e apenas a título de exemplo, à TAP, como sempre gostamos de exaltar,
Portugal, por altura da aquisição dos Airbus, logo após os primeiros seis meses
do programa de treino no âmbito da aquisição, procedeu com esforço a
qualificação dos seus melhores e indicados pilotos instrutores, que desde logo
passaram a estar habilitados pelo fabricante, para que com qualidade passassem,
"eles mesmo", a certificação normal e competente dos demais pilotos
portugueses da TAP. " fim de papo"...
No caso Angolano, e da TAAG, em
particular e a despeito das melhores referências, somos submetidos a uma
contenção na apreciação, e do que resulta do aval e entendimento prévio da
tutela, e por apatia e correspondência e da falta de afirmação dos novos e
desgarrados inquilinos da DOV, e das demais direcções, sempre sob dependência dos chefes ex-patriados.
Na evidência e volvidos mais de 10
anos desde 2006, encontramo-nos numa situação caricata e desprestigiante, em
que os instructores/examinadores, serão unicamente estrangeiros, e em que para
infortúnio, nos deparamos com relevância de se observar situações atípicas,
quando ainda (vide) aos 79 anos e desactualizado( Jorge Lopes), principal
assessor- e o Rey Kennedy, porventura na
lista dos protegidos, e quiça os responsáveis pela (desangolanizacao), no ciclo de formação e sucessão e renovação
na TAAG, com excesso de reprovações,(no mínimo premeditadas), fazendo levantar
velhos fantasmas, na firme convicção de que o Angolano, em tese, não terá
compleição e qualidades motoras e intelectuais para serem pilotos...o que
equivaleria a seguinte questão; depois de tantos anos de operação, seria
pertinente compreender se a anterior operação teria sido segura?....Como pode a
TAAG vangloriar-se dos resultados e reprovações, estando em causa a sua própria
imagem, ou melhor como poderá enviar pilotos sem a mínima e adequada
preparação, tendo como se salienta o próprio avião, já ao seu serviço...
Urge inverter e perceber que o actual
pacote, na serve cabalmente os interesses da classe de Pilotos, e ao País, e
que importa, pois, nas áreas nucleares de operações, nomear e ter em funções,
pessoas com o domínio da língua" português" e dispostos a ouvir e a
interagir sem prepotência e a favor do diálogo....empenhado no crescimento e na
excelência da TAAG...
Oswaldo Mendes.
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