BAÍA-AZUL – O MAR TRANSFORMADO EM DEPÓSITO DE LIXO A CÉU ABERTO
ABUTRES SOBRE A BAIA-FARTA – O FIM DA PICADA
O convívio na Baía-Azul há uns tempos a está parte, é com o mar e a
praia contaminada: óleo de peixe (os detritos líquidos resultantes da transformação do peixe em farinha, só podem ser da Pesca Fresca – única empresa
funcional na Baía-Farta. Quanto aos detritos sólidos provenientes de lavagens
de embarcações, de peixes apodrecidos e lavagens de túneis, todos os armadores e
detentores de pescarias têm a sua quota de responsabilidade), gasóleo, lixo,
esterco e peixe podre diverso. – Um manto de peixes totalmente estragados. Quem
são os responsáveis pela destruição ecológica e ambiental da Baía-Azul? Onde
está e o que faz a administração municipal? Onde está o plano director ou urbanístico
da Baía-Azul?
A Baía-Azul há muito, reclama por uma administração tecnocrata e não
política, para a sua gestão!
Durante o ministério de Armando
da Cruz Neto, ex-governador da Província de Benguela, foi elaborado um
ensaio sobre o ordenamento, a funcionalidade e operacionalidade da Baia-Azul,
um projecto que certamente se diluiu e esfumou-se no tempo e no espaço.
Começa a ficar mais difícil apostar no futuro da Baía-Farta e
subsequentemente da Baía-Azul.
Alguns acumulam com a política, outros gostariam de acumular. Todos,
porém, partilham um discurso idêntico, o qual começa pelas indignações “a Baía-Azul contaminada” e termina na
condenação feroz dos “senhores
detentores de embarcações de pesca, pescarias e empresários de tratamento de
peixe, potenciais responsáveis pela destruição da fauna e ambiente marítimo”,
cometido sob o aval das autoridades locais e centrais. A ideia é que os
referidos “atentados” estão a criar
condições para inviabilização total da Baía-Azul e do município da Baia-Farta
em geral, em termos de praia e de pescado, outrora o mais rico de Angola. Mas a
falta de decoro dessa gente é animada pela ganância, oportunismo e pela
ausência de autoridade da administração da Baía-Farta.
Todavia, seria muito importante abrir um debate com todos os moradores
da Baía-Azul nunca antes feito, sobre as funções da Administração Municipal da
Baia-Farta e só depois disso tomar decisões. O que queremos que a Administração
Municipal da Baía-Farta nos dê e quanto estão dispostos a pagar por isso, é a
complexa equação que temos de saber resolver.
Babalada / Francisco Rasgado
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