UM JULGAMENTO ADIADO SINE-DIE
NELITO MONTEIRO VS ZÉ MANEL!
O processo de indemnização por danos morais - injúria, calúnia e
difamação... Só em juízo se poderá saber a verdade.
Uma solução extra-judicial, seria a ideal e mais sensata, para os dois
contendores e salvaguardaria melhor a imagem de Isaac dos Anjos, governador provincial de Benguela, no meio desta
confusão, que não é nada pouca para si. Assim Manuel Monteiro não entendeu.
Negou cobardemente, segundo palavras do jornalista Zé
Manel, uma solução extra-judicial. Para
Nelito Monteiro era imperioso fazer a
prova de poder e aproveitar a onda instalada no país para penalizar e destruir
a imprensa privada, começando já com o julgamento do jornalista Zé Manel, primeiro exemplo, a ser
tomado em atenção pelos restantes jornalistas da cidade das Acácias Rubras de
Benguela. Todavia, Manuel Monteiro não
deu conta, que não tem capacidade cultural, intelectual e prestígio para envolver-se
num esquema político tão complexo como este, a pretexto de defender a sua “dama”. O tiro
saiu-lhe pela culatra!
Parafraseando, Raul Araújo, juiz
conselheiro do Tribunal Constitucional “As
sentenças dos tribunais, na sua maioria, são encomendadas”.
O julgamento de Zé Manel, jornalista
de referência na província de Benguela, foi marcado por certa prepotência e
nervosismo inexplicável do Meritíssimo juiz Graciano, que embaraçou sobremaneira o procurador Luís Paulino. Um início de julgamento
que se queria normal e isento, ficou manchado e claro que o juiz Graciano abriu a audiência com muitos
preconceitos em relação ao arguido, assim como, aos jornalistas assistentes
presentes na sala.
Em causa, está um artigo denunciador do jornalista Zé Manel, onde o nome de Nelito
Monteiro não é citado.
Como “proprietário” da Fazenda Utalala sentiu-se lesado e
intentou uma acção judicial contra o articulista.
Nas alegações, o advogado de defesa questionou com veemência a
legalidade do processo em causa. A legalidade ou não do direito de Nelito Monteiro intentar uma acção em defesa
da Fazenda Utalala, na qualidade de proprietário.
Porém, o impasse instala-se quando a defesa dá conta da inexistência nos autos
de algum documento a conferir tal titularidade a Nelito Monteiro.
A semelhança do processo de Francisco
Rasgado, o Juiz Graciano estava
com muita pressa, ao ponto de negar à defesa de Zé Manel, de arrolar Francisco
Rasgado como testemunha, alegando como razão, o arrolamento da testemunha
ter sido efectuado em cima da hora. Estava
mais preocupado em condenar o arguido do que julgar, desrespeitando os direitos
e argumentos do advogado de defesa.
Hoje, mais do que nunca, ficou notório que todos os juízes animados pelo
duvidoso espírito corporativista, vão para os julgamentos com ideias fixas em relação
aos jornalistas. Condenar, sem contemplações, todos os jornalistas, sobretudo os
ligados a imprensa privada.
Babalada / Francisco Rasgado
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