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A.M.B.F. PROCESSA GUILHERMINA MANSO ACUSADA DE ESBULHO

A.M.B.F. PROCESSA GUILHERMINA MANSO


ACUSADA DE ESBULHO


A confusão criada pelo governo de Isaac dos Anjos e a sua interferência na Magistratura de Benguela, mais concretamente na Baía-Farta, levou a Administração Municipal da Baía-Farta, na pessoa da sua titular – Srª Maria João ao abrigo dos artº 84º, 257º e 261º, todos do código do processo cível, a mover, um processo contra a Srª Guilhermina Manso Dias, funcionaria do Banco de Comercio e Industria – BCI – Benguela.

É neste Banco onde Isaac dos Anjos tem a conta, onde são depositados os resultados das vendas dos terrenos do Estado Angolano. Também é no BCI,  onde o “projecto de juizAntónio Filipe Sebastião, o responsável pela destruição da Magistratura na Baía-Farta, tem a sua conta bancária. 

O Tribunal da Baía-Farta foi chamado a compor um litígio que envolve a Srª Guilhermina Dias, funcionaria do Banco BCI – Benguela por um lado e os irmãos Telmo Moura e Álvaro Moura por outro lado.

O móbil do litígio é a ambição desmedida da Srª Guilhermina ao pretender usurpar um caminho de servidão pública, junto à parcela que legalmente foi cedida. Do histórial consta que numa primeira fase a Administração Municipal da Baía-Farta, no ano de 2005, cedeu ao Sr. Telmo Moura um terreno com a extensão de 1.350m2.

No entanto, em 2009, Telmo Moura solicitou à A.M.B.F. a desanexação de 350m2 e transferência para esfera jurídica de seu irmão, Álvaro Moura. Pois, não havia qualquer inconveniente em a A.M.B.F. autorizar a aludida transferência, que em acto continuo se consumou.   

Porém, importa realçar que quer o Sr. Telmo Moura, quer o Sr. Álvaro Moura, ambos efectuaram o registo do seu direito na Conservatória do Registo Predial, onde constam as confrontações dos seus respectivos terrenos.

Em Março de 2014 a A.M.B.F. cedeu um terreno à Srª Guilhermina ao lado do caminho de servidão pública que dá acesso aos outros terrenos e fez deslocar os seus técnicos ao local, afim de estabelecer as delimitações com os terrenos adjacentes ou vizinhos.

Nesta altura, a A.M.B.F. – Administração Municipal da Baía-Farta informou à Srª Guilhermina da existência do caminho de servidão pública que servia também a família Moura.

A A.M.B.F. ao delimitar o terreno da Srª Guilhermina separou uma parcela com a dimensão de mais ou menos 700m2 que devia ser deixada livre, pois se tratando de um caminho de servidão pública devidamente localizado e registado a mais de 40 anos e que dá acesso à ex-casa de José Domingos Antunes, depois de 25 de Abril de 1974, deixada a uns trabalhadores e posteriormente, “sabe Deus como”, arrendada à Srª Guilhermina Manso e terrenos anexos. Na ocasião os técnicos da A.M.B.F. deixaram no local os competentes marcos a limitar o terreno da Srª Guilhermina Manso e o caminho de servidão pública por forma a evitar invasão de quem quer que fosse.

Lamentavelmente, a Srª Guilhermina que tinha sido devidamente advertida sobre a parcela que se encontrava visivelmente demarcada com marcos correspondentes ao caminho de servidão pública, mantendo-se a serventia de todos os utentes adjacentes a este caminho.

Mas, a Srª Guilhermina, protegida de Isaac dos Anjos, governador da província de Benguela, com a sua ambição cega, decidiu apoderar-se deste caminho de servidão pública privatizando-o a seu favor.

Por forma a dar consistência ao seu maquiavélico plano deslocou-se ao IGCA em Benguela e de lá trouxe um técnico de nome Marcolino Nengo. Este, para não ser visto evitou passar pela A.D.M.F. quando sabia que era obrigado a fazê-lo e, até ser acompanhado de técnicos ao local.

Assim, agindo clandestinamente, a Srª Guilhermina e o técnico  Marcolino Nengo forjaram um croqui de localização no qual incluíram os 700m2, correspondentes ao caminho de servidão pública, contrariando assim a orientação expressa da A.M.B.F.

Depois desta batota, a Srª Guilhermina, ousada, arrancou os marcos que haviam sido colocados pela A.M.B.F., cortando também as cinco arvores de sombras que haviam sido plantadas pela família Moura há mais de 7 anos.
Tudo isso, fê-lo a Srª Guilhermina com o fito de erguer o seu muro de vedação incluindo os 700m2 correspondentes ao caminho de servidão pública.

Perante a destruição dos marcos pela mesma, a A.M.B.F. mandou os seus técnicos reporem os marcos, que em Dezembro de 2016, se encontravam a delimitar o caminho e o terreno da Srª Guilhermina.

Quando a A.M.B.F. descobriu o embuste, como era óbvio, denunciou o facto ao IGCA e esta instituição anulou o croqui de localização forjado por Marcolino Nengo. Só que, mesmo sabendo da anulação do croqui que mandara falsificar, a verdade é que a Srª Guilhermina nunca desistiu do seu plano de se apoderar do caminho de servidão pública.

Desafiando tudo e todos, a Srª Guilhermina insistiu e construiu o muro de vedação incluindo o caminho de servidão pública. Sem escrúpulos, foi contrariando a lei dos caminhos públicos que, segundo a qual, não devem ser cedidos a privados.

 A própria A.M.B.F. já por inúmeras ocasiões intimou a Srª Guilhermina, mas ela, julgando-se gente muito importante e acima da lei nunca deu importância às notificações e multas.

Todavia, já por várias vezes os Serviços de fiscalização da A.M.B.F fizeram a apreensão das ferramentas da Srª Guilhermina utilizadas para fazer as obras aos sábados, domingos e feriados para não ser vista, em desobediência e incumprimento da Lei.

A apreensão das ferramentas da Srª Guilhermina que a fiscalização tem feito de nada tem servido porque ela nunca parou de construir.

Em Novembro de 2016 à Srª Guilhermina aproveitando Sábados e Domingos acabou por concluir a construção do passeio sem qualquer licença de obras, a revelia de todas as notificações e advertências da A.M.B.F.

Além de construir o passeio, a Srª Guilhermina concentrou materiais de construção e retomou a construção do muro por cima do caminho de servidão pública.

Como se pode ver A.M.B.F. tudo tem feito no sentido de exigir  que a Srª Guilhermina respeite a servidão pública. Mas, a mesma não respeita nada nem ninguém.

A Srª Guilhermina tem plena consciência da existência de um processo judicial e de um recurso no Tribunal Supremo. Enquanto, as partes prejudicadas pela acção absurda de Isaac dos Anjos, governador de Benguela, aguardam pela decisão final do Tribunal Supremo, a Sr. Guilhermina Manso vai laureando a pevide.  

Ainda assim, a srª Guilhermina entendeu que devia continuar a construir, como o fez várias vezes.

A srª Guilhermina pouco se importou com as apreensões das suas ferramentas, que por varias vezes a fiscalização efectuou.

Ao que parece a Srª, não se preocupa com o dinheiro que tem gastado, nem com as intimações da A.M.B.F. No entanto,  sublinha-se que o Tribunal pode mandar demolir toda a obra construída contra as acusações da Administração.

Mesmo sabendo que a decisão a ser proferida pelo Tribunal Supremo ser uma incógnita. Ai temos a cumplicidade de Isaac dos Anjos.

Contudo, a A.M.B.F. exige que o Governo Provincial e a Magistratura de Benguela se dignem a notificar a Srª Guilhermina a abster-se de fazer obras no local, até que o processo seja definitivamente decidido. Pois, as consequências serão da sua exclusiva responsabilidade.

Administração Municipal da Baía-farta desvalorizada e humilhada em carta dirigida pela Rosa N’Gepele e aprovada por Isaac dos Anjos.

Francisco Rasgado / Babalada

Jornal ChelaPress

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