JOÃO LOURENÇO A SALVAÇÃO DO MPLA
O alerta dos angolanos à Nação… O MPLA aproxima-se da meta a passos
largos.
Os militantes do MPLA, há muito, senão mesmo há 40 anos, não viviam
tempos tão confusos como os de hoje. Todavia, um cenário político sócio-económico
e financeiro de arrepiar e as incertezas instaladas no MPLA, sobretudo com a
indicação não consensual de João Manuel Gonçalves Lourenço, em substituição de
José Eduardo dos Santos, como cabeça de lista para as eleições de 2017,
desarticularam aparentemente a estratégia do partido ganhador.
Porém, há muitos obstinados em tripular o barco do MPLA até ao fundo do
oceano, ao ponto de rejeitarem qualquer alteração nas suas estratégias políticas.
Maior incentivo à divisão do MPLA, não podiam dar.
Temos de ser
honestos e justos.
De acordo as
últimas sondagens e neste caso o plural é relevante, pois já é mais do que uma
projecção a confirmar a tendência – o MPLA
está a emergir da instabilidade criada por ele próprio. Continua a crescer nas intenções
de voto e dá os primeiros sinais de estar menos vulnerável ao que durante algum
tempo parecia certo, que se os angolanos fossem a votos, o MPLA perderia as eleições, com grandes margens, para a CASA-CE e a UNITA.
Melhor alerta
em véspera da abertura da Campanha para as eleições de 23 de Agosto de 2017, a CASA-CE e a UNITA podiam ter. Quando fechados em si próprios a CASA-CE e a UNITA, ainda não têm certezas de que vão conseguir e evitar que
militantes e simpatizantes, fundamentalmente do MPLA, intrometam nas suas
candidaturas, ou seja, na eleição dos seus líderes. Os angolanos mostram que
vai ser preciso mais do que ideias soltas e ataques ao Governo, para obtenção
de um bom resultado nas legislativas de 2017.
No MPLA, os mais optimistas, sublinham que
a ida às urnas que está cada vez mais próxima, onde as sondagens com valores
confortáveis para a CASA-CE e a UNITA, pouco ou nada, interessam. Pode
até ser, mas entregar o destino ao tempo e a “silly season”, parece demasiado arriscado. Sobretudo, porque nada garante
que em Agosto e mesmo depois das eleições, o MPLA recupere a maioria que tanto almeja. Pelo contrario. As
eleições de Agosto têm todos os ingredientes, tem tudo para ser turbulenta no
bom sentido e uma vitória curta de qualquer um dos candidatos, dará a certeza
ao vencedor de um futuro sob pressão.
Tudo está
certo, José Eduardo dos Santos, vai
mesmo sair também do partido e João
Lourenço vai governar o partido e o país de acordo com os interesses mais
altos da Nação. Não haverá interferências de José Eduardo dos Santos na sua governação, pois o contrario será um
grande desastre para o país. O mundo está atento e não vai, por conseguinte,
condescender com a promiscuidade por alguns admitida. Não teremos cópia de
Moçambique. Filipe
Nyusi foi eleito
pelo povo presidente de Moçambique e
Armando Guebuza quis permanecer contra tudo e todos - presidente do partido,
para continuar a ditar as regras do jogo. Não tem consistência. A ruptura entre
o passado e o presente é mais que evidente só assim, Angola sobreviverá.
Angola não vai permitir e muito menos os militantes do MPLA, caso seja o
partido ganhador.
Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress
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