O exercício de fome dos magistrados judiciais,
a morosidade e o elevado custo da justiça condicionam negativamente o
crescimento dos cidadãos, da economia e do país no seu todo.
A reforma do sistema de justiça tem
estado relativamente ausente nos discursos do dia-a-dia dos governantes e
dirigentes políticos. Para os políticos e dirigentes, a importância de haver
mudanças nesta área é de menos por questões meramente políticas. É
imprescindível reformar, dar um basta na justiça e na fiscalização para ajudar
o cidadão, o pacato cidadão, as empresas, sobretudo as privadas, as maiores
vítimas da corrupção, na Magistratura Judicial e Ministério Público, que querem
crescer e investir mais no espaço angolano. Seja como for, não obstante os
discursos clarividentes (autênticos guias) proferidos por ocasião da abertura
do ano judicial por José Eduardo dos
Santos, presidente da República
de Angola e 1º Magistrado da Nação, por João
Maria de Sousa, Procurador-geral da República, por Cristiano André, ex-Juiz-Presidente do Tribunal Supremo e por Cachimbombo, Bastonário da Ordem dos
Advogados, não terem surtido os efeitos desejados, os magistrados continuam a fazer
tábua rasa do que são as suas competências. Quaisquer que venham a ser as
medidas concretas para avançar com a modernização e a organização das
estruturas judiciais, elas reflectirão ainda quatro preocupações: a idade
e experiência e de vida dos magistrados
judiciais e do Ministério Público, os novos tipos de ilícitos que alarmam os
cidadãos, a sensação de impunidade instalada e a operacionalidade das
forças de segurança.
O Tribunal Supremo tem novo
Juiz-Presidente, por sinal antes Juiz Conselheiro do Tribunal Supremo: Manuel
Miguel da Costa Aragão.
Qual é a actual posição de Manuel
Miguel da Costa Aragão e do Tribunal Supremo face às denúncias de
exercício de fome desenvolvidas pelos magistrados judiciais, vendas de
sentenças, juízas incompatíveis, como o caso da juíza Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde, chefe da Sala do Cível e do
Administrativo do Tribunal de Benguela, distribuidora de processos e filha do
ilustre Jorge Sinde, advogado com
banca de advocacia em Benguela (crime de
acordo com o artigo 104 e seguintes do Código Penal), vinganças,
revanchismos, processos negociados, Magistrados com banca de advocacia,
Providências Cautelares Não Especificadas inviabilizadas por caducidade, os
prazos não são cumpridos nem respeitados pela Magistratura, excessos de prisões
preventivas, Magistrados de férias com processos engavetados, outros escondidos
e destruídos.
O Tribunal Supremo não pode mais
continuar a escudar-se no corporativismo podre existente no seio da
magistratura. A relação magistrados judiciais / juízes conselheiros do Tribunal
Supremo deve ser uma questão de confiança e de respeito à lei, “os nossos julgados não são nossos inimigos
e muito menos moeda de negócio”.
É possível que o actual
juiz-presidente do Tribunal Supremo não saiba de nada? Se não sabe, deve dizer
tudo o que fez para não saber.
Se não fez perguntas, se não se
interrogou,foi porque não quis saber. Essa é uma omissão que responsabiliza
politicamente.
O Tribunal Supremo não pode lavar as
mãos na inocência.
Manter impunes as juízas Catarina Micolo, Elsa Ema do Rosário Jorge
Sinde, chefe da Sala do Cível e do Administrativo do Tribunal de Benguela,
distribuidora de processos e filha do ilustre Jorge Sinde, advogado com banca de advocacia em Benguela (crime de acordo com o artigo 104 e
seguintes do Código Penal), Francisco
Fortunato, Procurador do Ministério Público em Benguela, Dias da Silva, Procurador junto da
Direcção da Polícia Económica de Benguela e
Francisco Dias Procurador do
Ministério Público da Província de Benguela, é o escândalo dos escândalos da Magistratura Judicial e do
Ministério Público. São cancros que afligem a sociedade.
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