Manuel
Miguel da Costa Aragão, natural de Luanda, nascido a 4 de Abril de 1950, casado com
aguerrida Esperança Maria da Silva da
Costa Aragão e pai de 4 filhos, foi, no seu tempo, um brilhante estudante.
Foi alferes no exército colonial,
depois do 25 de Abril de 1974 enquadrou-se nas F.A.P.L.A. Voltou a fazer formação militar no C.I.R – Centro de
Instrução Revolucionária Sangue do Povo, na Gabela – Kwanza Sul.
Com o início da guerra civil
(desinteligências entre os três movimentos de libertação, F.N.L.A, M.P.L.A e U.N.I.T.A), uma vez concluída a formação militar,
foi indicado para chefiar a companhia militar Comandante Kwenha, tornando-se pouco tempo depois comandante de
sector de Benguela. No calor da guerra civil, foi acusado de fazer parte de uma
organização política, sem armas, denominada de O.C.A – Organização Comunista de Angola. Por falta de consistência
foi-lhe retirada tal acusação, para de seguida lhe ser imputada uma nova, desta
feita de Nitista. Permaneceu preso
algum tempo sem processo e por falta de provas, acabou libertado sem
julgamento, sem um pedido de desculpas e sem indemnização pelos danos causados.
Manuel
Miguel da Costa Aragão, em liberdade, na condição de cidadão angolano, matriculou-se
na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, onde terminou com grandes
qualificações. Uma vez licenciado em direito, fez os seguintes cursos:
·
Curso de Direito Laboral
·
Curso de Propriedade Industrial
·
Curso de Comercio Internacional
·
Curso de Feitura de Leis.
Manuel
Miguel da Costa Aragão, advogado confesso, estruturalmente bem organizado, já com
muitas causas defendidas e provas de um conhecimento científico averbado, Director
do Gabinete Jurídico do Ministério da Industria; foi Director do Gabinete
Jurídico do Ministério do Comércio; Docente da Faculdade de Direito da
Universidade Agostinho Neto e Coordenador do Grupo Técnico para a reforma da
Justiça e do Direito.
Desde meados dos anos 80 tem vindo a
participar nas reformas das principais leis do país. É autor do estudo que deu
origem ao Processo nº 10 do Tribunal Supremo em que, na veste de Tribunal
Constitucional, se pronunciou pela inconstitucionalidade material superveniente
de algumas normas da Lei nº 5/04, de 11 de Fevereiro.
Manuel Miguel da Costa Aragão foi membro
do Grupo Técnico da Comissão Constitucional e é membro da Ordem dos Advogados
de Angola.
Manuel
Miguel da Costa Aragão, em 1992, foi convidado para ocupar a pasta de Vice-Ministro
da Justiça e em 2004 ascendeu à categoria de Ministro da Justiça, cargo que
ocupou até 2008.
Entretanto, também foi deputado da
Assembleia Nacional pelo M.P.L.A e Presidente
do Concelho de Disciplina da Federação Angolana de Futebol.
Manuel
Miguel da Costa Aragão, uma vez mais, terminado o seu ciclo de governante activo no
executivo angolano, iniciou um novo percurso, desta feita na diplomacia
angolana.
Em 2009 foi nomeado
embaixador extraordinário e plenipotenciário da República de Angola na República
da Argentina, e em 2011, foi transferido para a República de Marrocos, cargo
que ocupou até a altura que concorreu para preencher uma vaga no Tribunal
Supremo, desempenhando a função de Juiz-Conselheiro do Tribunal Supremo.
Volvidos meses, o Juiz-Conselheiro do
Tribunal Supremo mais referenciado, juntamente com mais dois
Juízes-Conselheiros, concorreu e arrebatou o cadeirão de Juiz-Presidente do Tribunal
Supremo, deixando vago (por ter jubilado), pelo o então Juiz-Presidente do
Tribunal Supremo, Cristiano André.
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