O JULGAMENTO MAIS MEDIÁTICO DA BAÍA FARTA
DOIS EM UM
Um julgamento que contou com a presença do procurador Daniel Joaquim Lumango,
o garante da legalidade e dirigido pelo juiz da causa, António Filipe Sebastião.
Foi atenta e apaixonadamente acompanhado pela sociedade angolana e o mundo
através do blog com a assinatura de Francisco Rasgado.
Rosa da Conceição N’gepele, chefe do gabinete jurídico de Isaac dos
Anjos com os seus sempre e iguais recursos “discursos” teóricos, mais parecendo
uma gravação, acabou prestando mau serviço ao governador como reserva moral da
província e a Srª Guilhermina Manso. Induzir em erro os governantes é o seu
ponto forte. E mais, só permanece ainda à frente do gabinete jurídico do
governo de Benguela, “por birra” de Isaac dos Anjos.
Finalmente, o julgamento mais
mediático da Baía-Farta chegou ao fim. Um julgamento que envolveu a Srª Guilhermina Manso e o Sr. Álvaro Moura, numa disputa a volta de
uma área de aproximadamente 500 m2, considerada por unanimidade área
de serventia pública. As testemunhas envolvidas no processo foram todas ouvidas
na última audiência realizada no dia 24 de Março de 2016.
Providência Cautelar Não Especificada
promovida por Álvaro Moura e analisada
em juízo, constituiu motivo de apreensão e estupefacção completa, pelo facto de
os dois contendores terem sido, pelo governo de Benguela, lançados para uma
decisão judicial, quando na verdade, o melhor para ambas as partes seria a solução
doméstica, mais realista e mais fácil. Em causa está a construção de um muro e
o respectivo portão na área de servidão pública, de modo a impedir a sua
utilização por outros detentores de parcelas nas áreas adjacentes.
As testemunhas que prestaram
depoimentos foram: Claudio Raimundo (convocado
à última hora), então chefe da Área Técnica da Baia-Farta e actualmente chefe
da repartição técnica do município de Benguela, assegurou que quem define as
áreas a serem concedidas e os espaços livres ou de circulação pública, neste
caso, é a titular do município da Baía-Farta. A concessão da parcela atribuída
a Srª Guilhermina Manso, foi feita
na vigência da actual administradora. No tempo do já falecido administrador
António Bettencourt, a Sr.ª Guilhermina
Manso não dispunha de nenhum terreno, já o Sr. Alberto Moura tinha o seu terreno parcelado.
Américo Oseas Tchissassa, diretor
do I.G.C.A., deixou bem claro que
não é da sua competência conceder terrenos, mais sim demarcar sob orientação
dos titulares dos territórios. Acusou e desafiou a Sr.ª Guilhermina Manso, a apresentar
documentos passados pela instituição a conferirem o direito a apoderar-se da
área em causa.
Horácio
da Silva M. Madeira, inspector chefe de 2ª classe do Governo Provincial de Benguela, sob juramento acusou Rosa N’gepele de estar na origem da
confusão instalada, inclusivê de orientar Guilhermina
Manso para construção do muro e portão na área de serventia pública.
Avelino N’gunji, inspector
chefe de 2ª classe do Governo Provincial de Benguela, o seu depoimento na mesma
senda do seu colega acrescentou que Rosa
N’’gepele, induziu em erro Victor
Moita, vice-governador em relação aos trabalhos efectuados pelos
inspectores do Governo.
Todos eles com excepção de Rosa N’gepele negaram com veemência a
posse e a construção do muro e portão na área de servidão pública pela Srª Guilhermina Manso.
Rosa N’gepele, directora do
Gabinete Jurídico do Governo de Benguela, formada na área de Relações
Internacionais, uma das testemunhas requeridas, no seu depoimento e sem suporte
documental, tentou mascarar o processo e subtilmente confundir os magistrados.
O interrogatório revelou que Rosa N’gepele, para não ser acusada de
favoritismo e de deturpação dos dados, fez quase tudo para esvaziar o processo,
apesar de garantir que a responsabilidade maior era de Victor Moita, vice-governador e de Isaac dos Anjos, governador da província.
No final da audiência jogou a sua
última cartada: “atacar” Maria João, administradora do município
da Baía Farta, “dona” do território
e desvalorizar o trabalho dos inspectores do governo de Benguela.
Rosa Conceição N’gepele está
de novo obrigada a pedir uma inspecção
em si própria.
Obs.: aguardamos pela leitura da
sentença… para posteriores comentários.
Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress
bem haja o jornalismo, que poe os seus serviços ao lado da justiça, ajudando-a a enfrentar e condenar, os que nao sabem ou nao querem respeitar a lei.
ResponderExcluirComo é que é possível ser necessário ir a julgamento para o Sr. Moura poder aceder ao seu terreno?
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