INAUGURAÇÃO
MANSÃO MARIA MÁXIMA BOAVIDA LAZER, CULTURA E GRANDES NEGÓCIOS NO CENTRO DA BAÍA-AZUL.
Excelência, inovação, competência, profissionalismo e ética. Todos esses
itens juntos em uma união são a razão do sucesso da Mansão Maria Máxima
Boavida. Está pronta pra conseguir, através de um projecto único, aprimorar
toda a categoria. Está pronta para terceirizar serviços, fazer treinamento de
gestão, união e ética para promover a cultura e o turismo em Benguela e em
particular na Baía-Azul.
A Mansão Maria Máxima Boavida na
Baia-Azul – Benguela, conservando a data inicial prevista para a sua
inauguração, 22 de Agosto de 2015, data da morte da matriarca, abriu
parcialmente as suas portas, no dia 26 de Março de 2016.
A abertura do
acto inaugural realizada por Francisco
Rasgado, o mentor da Mansão Maria
Máxima Boavida, foi marcada por um breve discurso onde evidenciou a qualidade do empreendimento e a luta
permanente e constante da Família
Rasgado.
“Família Rasgado, nasceu e cresceu no bairro Benfica, o espaço geográfico
periférico mais urbanizado de Benguela. Mas, antes de tudo importa aqui exaltar
a figura de Maria Máxima Boavida, a nossa fonte de inspiração e nela reside a nossa
força. Maria Máxima Boavida, descendente do Rei do Reino do Congo, o maior
Reino de África, cuja capital foi Sto António do Zaire, hoje M’banza
Congo que teve embaixador plenipotenciário no Vaticano era filha mais velha de
Dom Álvaro Manuel Boavida. A Família Boavida é a verdadeira Família Real de
Angola.
Maria Máxima Boavida, então esposa de Domingos António Rasgado, mãe de
doze filhos e de metade de Benguela, tia da outra metade de Benguela, lutadora
incansável, o seu nome está inscrito nos anais históricos da cidade das Acácias
Rubras de Benguela.
A Mansão Maria Máxima Boavida é a história de uma das maiores famílias
tradicionais de Benguela. Uma família devastada pela revolução de 1975:
Domingos António Rasgado, o chefe de família foi morto ainda no tempo colonial
pela P.I.D.E. – D.G.S. – Polícia Política Fascista; Júlio Rasgado e Francisco
Rasgado, em 1976 presos e acusados de crime de consciência, sendo o segundo
mantido por muitos anos preso; Álvaro Domingos Rasgado e Aníbal José Rasgado,
mortos no processo de 27 de Maio de 1977; Maria Máxima Boavida, a matriarca da
Família e Horácio de Jesus Rasgado, ainda em 1977, no calor da luta pelo poder,
foram presos pela D.I.S.A; Anacleta Rasgado, presa em 1992 pela Segurança de
Estado, teve que abandonar o país para não ser morta; Júlio da Silva Rasgado em 1996, morto por
homens de baixa visibilidade – Segurança de Estado.
Uma família cujos membros, durante o partido único foram impedidos de
beneficiar de formação no exterior do país. Uma família que não teve ganhos com
a revolução mais sim destruição.
Passado muitos anos, só queremos ser cidadãos tratados com dignidade,
patriotas, respeitadores das leis do Estado angolano e contribuir para o desenvolvimento
sustentado do país.
“Essa é a nossa história e muito
obrigado!”
Luís de Oliveira Rasgado, convidado a inaugurar o acto,
aproveitou a ocasião para tecer também algumas considerações sobre a sua Família, Benguela e as suas famílias
dizendo que “estamos perante um dos
maiores empreendimentos culturais e turísticos de Benguela em homenagem a Maria
Máxima Boavida. Este empreendimento representativo da família, criado com
fundos próprios, constitui um grande bem dinâmico para a Família Rasgado e
Boavida assim como para todos aqueles que ainda hoje se sentem ligados a
Família Rasgado e Boavida, amigos e benguelenses.
As famílias são os suportes fieis das sociedades. Não há sociedade sem famílias, pois são elas
as maiores animadoras das forças vivas e de todos os sectores sócio-econômicos
e culturais da sociedade.” Luís Rasgado considerou ainda
o empreendimento como uma ponte estratégica para o investimento empresarial nos
domínios da cultura, do turismo e outros serviços. Terminou o seu discurso com grandes felicitações ao seu irmão
Francisco Rasgado.
Este brinde
fraternal, proporcionado aos familiares, amigos e, consequentemente o
fundamento deste acto, vêm contemplar também os benguelenses e não só,
constituindo motivo para afirmar, em abono da verdade, que este ano de crise
brava que assola Angola está à aflorar em muitos dos angolanos de Angola ideias
de abrangência nacional e internacional.
Sociedade sem família, cultura e história não pode ter desenvolvimento
sustentado.
Chico Babalada / Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress
Muitos Parabéns pela obra e pela mensagem. Se um dia voltar a Benguela (espero bem que sim), será sem dúvida um ponto obrigatório para ver essa obra magnífica terminada. Grande Abraço
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