EM TEMPO DE CRISE, O HUAMBO GANHA VIDA
João Baptista Kussumua - O governante e politico da actualidade |
KUSSUMUA, CONSIDERADO O GOVERNADOR CERTO PARA O HUAMBO
Numa das minhas voltas pela Angola profunda (províncias e municípios
marginais), deparei no Huambo, com a existência de um grupo virtual que já tem
nome, muitos deles naturais do Huambo.
Entre eles está, obviamente, o actual governador provincial do Huambo, João Baptista Kussumua, um jovem
intelectual e tecnocrata vanguardista, Armando
Vieira, recentemente nomeado director provincial do Huambo dos S.I.C. –
Serviços de Investigação Criminal, com serviços de qualidade, em pouco tempo,
demonstrado, Nzeto Vieira, natural e
um dos organizadores dos convívios entre os naturais e amigos do
Huambo, Zé Maria da Combal, símbolo vivo
dos tempos da Casa dos Rapazes e da música pop no Huambo, Rato, Cid e outros.
O Huambo é das cidades que nos últimos tempos, ou seja, depois da saída
de Kundy Pahiama, a que mais tem
progredido. Os números e os melhoramentos dos serviços básicos falam por si. O
crescimento dos serviços, cidade limpa e menos cadavérica, o sentido colectivo
gerou uma dinâmica no sector privado, no qual a sua integração foi igualmente
galopante.
O significado mais óbvio destes grandes melhoramentos é que o actual
governador, João Baptista Kussumua, sem
dinheiro, tem vindo de mãos dadas e de forma amiga, mostrar aos cidadãos o
caminho mais viável para que o Huambo possa fugir a fatalidade de ser uma
província estigmatizada e marginal (se no local a oposição tiver relativo peso,
logo é conotado de marginal). Todavia, o Huambo paulatinamente tem vindo a
retomar o seu estatuto de 2ª cidade do país, cidade vida e mais verde.
Eles querem um Huambo a sacudir a crise profunda que assola o país,
crescendo na base da agricultura, “como importante fonte de criação de emprego,
investimento, inovação e capital humano. Um dilema que esta anunciada terceira
República terá de resolver. Os amigos do Huambo defendem que devem ser
adoptados medidas relacionadas com as do mercado único, patriotismo,
concorrência, comércio, ambiente, coesão, inovação e investigação, bem como uma
estrutura de ajudas públicas. Cabe, todavia, aos empresários (não governantes),
trabalhadores assumirem um papel de liderança neste processo. Ou seja, os
empresários e os trabalhadores devem ser capazes, através das suas associações,
cooperativas e órgãos afins de formular estratégias de produção de negócios a
partir de uma perspectiva local e depois global, de modo a adoptar-se as
tendências de mercado. Isso requer novas habilidades e talento para competir e
assegurar uma participação numa arena mais vasta.
Porém, uma das grandes questões de 2017, ano das eleições será o futuro
do MPLA, partido da situação nas
províncias e municípios marginais. Aguenta-se ou não? Manterá a maioria de
votos? Haverá birras, amuos e mais ou menos desencontros, ou corda acabará por
se partir quando menos se espera, naquele momento absolutamente definitivo em
que algo de essencial se quebra e a relação já não tem volta? Não é por razões
de mera retórica política que o tema do MPLA
no poder, há mais de 40 anos, do seu governo se deve colocar desde já. Pelo
contrário, 2017 será todo ele um ano em que a resistência, ou melhor, a
sanidade do MPLA será constantemente
posta à prova.
Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress
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