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João Lourenço de volta… Chegou merecidamente, ao topo da parada política angolana

FIDELIDADE CANINA À JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS

NA TOCA DO LEÃO SÓ ENTRA QUEM QUER!



Qual será o verdadeiro desfecho do processo de sucessão de José Eduardo dos Santos, depois de 38 anos de governação?  

Muita água ainda vai correr debaixo da ponte… Que não seja, a do rio cavaco! De um lado, teremos os angolanos de Angola, os amantes da mudança e do outro lado, os órfãos de José Eduardo dos Santos, embarricados. Certamente, muitas surpresas ocorrerão no período que vai das eleições de 2017 até 2018, altura do despedimento definitivo de José Eduardo dos Santos. Como ficará a constituição elaborada e aprovada a imagem e semelhança de José Eduardo dos Santos? Será muito poder para João Lourenço? Quais serão as leis a serem produzidas pela Assembleia Nacional, para protecção de José Eduardo dos Santos e sua família? Como ficará a pesada e caríssima estrutura paralela criada para protecção e serviços de apoio ao José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola?

Há quem diga que o MPLA devora os seus políticos com a mesma velocidade com que os inventa. Mas nem sempre é assim. Depois que a trajectória de um político/governante atinge certa altitude, nada parece tirá-lo de órbita.

O ressurgimento de João Lourenço, um alto quadro político/militar, com uma biografia bem recheada, depois de mais de uma década de travessia no deserto, em 2012, com a função de Primeiro-Vice-Presidente da Assembleia Nacional e sem cargos, é prova disso. O seu inferno astral foi totalmente feito, sem tossir nem mugir. Submetido a várias provações, João Lourenço não perdeu a sua grandeza. Suportou muito bem todas as cargas, discriminações e intrigas.

Porém, nos últimos tempos, pouco menos de três anos, foi nomeado ministro da defesa. No ano de 2016, vice-presidente do MPLA e agora cabeça de lista do MPLA, para as eleições de 2017.

João Lourenço de volta… Chegou merecidamente, ao topo da parada política angolana. “Na toca do leão só entra quem quer”!


Do outro lado da costa temos Benguela, os seus benguelenses, os seus problemas e seus políticos. Os políticos, particularmente do MPLA, desestabilizados, desacreditados, desanimados e dispersos, ou seja, com um timoneiro completamente “espartilhado”, sem material humano e sem dinheiro. Não se fazem omeletes sem ovos. Os avisos à quem de direito, não faltaram e, por conseguinte, “Cada um por si e Deus por todos”!

Isaac dos Anjos, governador provincial de Benguela e 1º secretário provincial do MPLA, mudou para ter a mesma objectividade e agilidade do mundo político actual. Por isso, ele está ainda mais dinâmico e focado, no que realmente importa: o elevado processo político em curso e no grande pensamento político, do seu grande mestre, que gera resultados imprevisíveis e nunca definitivamente acabados. “Aprendi duas coisas: que ninguém é imune ao processo e que a quantidade de pessoas que torcem para que eu me dê mal é assustadora”. Disse Isaac dos Anjos. “Na toca do leão só entra quem quer”! Enfrentou várias vezes, o fracasso e deu a volta por cima, sem perder a sua natureza e grandeza.

Isaac dos Anjos, traído, encontrou um “lobby” para espantar a tristeza nos tempos de ostracismo: o jogo da separação entre o Governo e o partido e da restituição do papel do governo na sociedade (distintivo nas viaturas do Governo, elaborou projectos, muitos dos quais, ainda sem viabilidade prática, exonerou Nelson da Conceição, director provincial da Educação e merecidamente Amaro Ricardo Segunda, administrador municipal, e deu visibilidade ao Lobito. Todavia, descurando, obviamente, o novo administrador que não tem grandeza nenhuma, conseguindo manter e conviver com muitos administradores e directores “mentecaptos” em flagrante contradição com a sua grandeza académica, construiu algumas escolas e outros feitos), em que o usuário gerencia a vida de uma sociedade virtual criada por ele.

Inventou uma figura substituta a altura do seu grande líder”!!!


Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress


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