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COBARDIA TEM O SEU PREÇO - “Ou o Isaac dos Anjos acaba com os benguelenses, ou os benguelenses acabam com o Isaac dos Anjos”.


COBARDIA TEM O SEU PREÇO

BENGUELA… O CAMINHO ESTÁ A FRENTE




“Ou o Isaac dos Anjos acaba com os benguelenses, ou os benguelenses acabam com o Isaac dos Anjos”.

Constata-se uma enorme tristeza ao ver que os velhos militantes adstritos ao Comité Provincial do MPLA não mudaram, mesmo depois de anunciada a longa marcha.

Porém, cumpre enfatizar e, principalmente, chamar a atenção da sociedade para o facto de que os “dinossauros” do MPLA em Benguela, em termos de fidelidade, caminham em sentido oposto ao propugnado pela matéria. São todos uns autênticos cobardes. Tornaram-se para os seus militantes, autênticos desconhecidos, nunca foram pessoas confiáveis. Tal qual uma infecção generalizada, a cobardia, a hipocrisia e o cinismo estão a matar o MPLA.

“Ou o Isaac dos Anjos acaba com os dinossauros no seio do MPLA, ou os dinossauros acabam com o Isaac dos Anjos”.

Não fez. Agora é tarde. Já roeram os seus calcanhares!

No entanto, importa aqui salientar que em conferência provincial extraordinária, realizada no Lobito, em Setembro de 2013, Isaac dos Anjos, foi eleito, ao abrigo do artigo 54º dos Estatutos do MPLA, com 372 votos a favor, 1º Secretário do MPLA de Benguela, em substituição de Armando da Cruz Neto, com o compromisso de conservar todos os “dinossauros”, nomeadamente Veríssimo Sapalo, 2º secretário do MPLA, uma imposição do órgão central.

O cerco estava perfeito e Isaac dos Anjos desatento, imbuído pelo seu característico espírito humilhador e de “sabe tudo” caiu que nem patinho no engodo.

Todavia, muito se especulou entre os benguelenses e políticos de Benguela e quiçá, de toda Angola sobre as motivações de Adérito Areias, empresário de pesca e sal e militante antigo do MPLA, depois de muitas “sacanagens”, hoje, membro do Comité Provincial ao desafiar ou afrontar Isaac dos Anjos, governador e 1º secretário do MPLA em Benguela.

A crise política deflagrada pelas afirmações emocionais de Isaac dos Anjos foram interpretadas justamente pelos benguelenses como  humilhação e muito desrespeito. Ainda mais dramático, cujo nome não pode ser revelado, falou em uma conspiração, tentativa de desestabilizar os potenciais eleitores de João Lourenço, cabeça de lista do MPLA as eleições de Agosto/Setembro de 2017.

Reacções desse teor são previsíveis nesses casos. Com certeza, não são inéditas.

Na reunião do Comité Provincial do MPLA, de 07 de Abril de 2017, o alvo, merecido, a ser abatido era o Isaac dos Anjos, pelas razões justas acima mencionadas. Estavam muitos “dinossauros” cobardes, senão mesmos, todos tacitamente mancomunados. Chegada a hora da verdade, no meio de tantos aplausos sobre a dissertação concertada de Adérito Areias, bastou um rugido do “Anjo Mau” para descomandar as tropas que cobarde e silenciosamente puseram-se a milhas. Deixaram Adérito Areias, benguelense assumido (filho de mãe do Dombe-Grande, pai português e nascido acidentalmente em Portugal), sozinho e sem volta, agarrado sem contemplações aos “cornos do touro”.

Veríssimo Sapalo, Carlos Gomes, Julião Almeida, Vitor Moita, José Miguel Maiato, Zacarias Davoca, Leopoldo Muhongo, Carlos Vasconcelos “Cacá”, José Manuel Lucombo, António Calianguila, Idalina Carlos, Jorge Dambi e Filipe Domingos, sabem melhor que ninguém que as denúncias de desgovernação da província (espaços construídos com dinheiro do Estado em vias de privatização – A Lota na Baía-Azul, fábrica de sumo no Bocoio, em parceria com a Administradora Deolinda Valiangula e os prédios junto do Pavilhão Multiuso Acácias Rubras, na zona da shoprit), o populismo e a demagogia barata, o pedido de desculpas à Benguela e o aproveitamento político delas pela oposição viva fazem parte do jogo democrático normal. Os que viram “humilhação”, “desrespeito flagrante” e “descaminhos dos bens do Estado” muito provavelmente estão mais preocupados com a manuntenção da própria cabeça sobre os ombros do que com a tranquilidade de Adérito Areias, um benguelense que soube, no forum próprio, debater-se e criar um acontecimento político de dimensão incomensurável.


Com todas as virtudes e falhas, Adérito Areias fez muito mais por Benguela que Isaac dos Anjos. 

Seria de esperar que como membro de um partido descaraterizado, eles tivessem absorvido a melhor sabedoria popular. Qualquer benguelense sabe que, diante de Isaac dos Anjos, ajoelhou, tem que rezar.

São eles próprios a afirmarem: “Que votar no MPLA em Benguela, é votar na continuidade de Isaac dos Anjos”. Eles não querem, em Benguela o Isaac dos Anjos.       

Francisco Rasgado

Jornal ChelaPress

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