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Livro da Exposição de Artes Plástica: Jazz Preto e Branco

AS MISSES E AS GUERRAS - VINA CRIOLO, QUEM É ELA? - Ambiciosa, a missão de Balmira Augusto de Almeida, que consiste justamente conduzir o barco a bom porto, atingir as maiores metas internas e externas, incluindo a participação da 1º dama do Miss Benguela no concurso Miss da C.P.L.P e o Miss Angola, em 2017.

AS MISSES E AS GUERRAS

VINA CRIOLO, QUEM É ELA?



À primeira vista, nada em Belmira Augusto de Almeida de 30 anos, corresponde ao estereótipo de um chefe de academia de musculaturas. Elegante, de estatura média (apenas 1,74 metros), ela tem uma maneira suave e pausada de falar e denota até certa fragilidade. As aparências, porém, escondem uma personalidade forte e uma carreira marcada pelo pioneirismo, traço reforçado por ser ela a responsável pelo aparecimento e introdução de vários projectos na vida social angolana e benguelense em particular: do combate à vida fácil da juventude benguelense, mix-sitmess - desporto na rua a custo zero orientado por especialistas em troca de produtos para os hospitais e alfabetização das zungueiras.

Em 2014, no meio de uma crise de falta de apoio, de falta de confiança noutros nomes e da necessidade de cortar na própria carne, as querelas do passado pareceram à sociedade civil benguelense um mal menor. 

Belmira Augusto de AlmeidaVina Criolo” é assumidamente vaidosa e faz questão de apresentar-se bem em público, um traço que pretende cobrar sempre as suas misses. Não abre mão de “tailleurs”, saias, vestidos e saltos altos. É muito consumista e não se recusa de indicar o seu estilista predilecto.
Vina Criolo, assumiu o posto de  coordenadora do “Comité Miss Benguela”, que resultou na criação de fontes de rendimento e estabilidade do Comité (com apoio do empresariado nacional e estrangeiro).

Ambiciosa, a missão de Balmira Augusto de Almeida, que consiste justamente conduzir o barco a bom porto, atingir as maiores metas internas e externas, incluindo a participação da 1º dama do Miss Benguela no concurso Miss da C.P.L.P e o Miss Angola, em 2017. 

Apesar de todos os avanços na área, o comité Miss Benguela continua a ser das instituições sociais orçamentadas mais visadas e desprovidas de apoio de Benguela. 

Um problema que atravessa governos e todos eles considerando despropositado, com ou sem razões plausíveis.

A trajetória da Coordenadora do comité Miss Benguela mostra que ela não se intimida diante de pressões. Num dos seus notários feitos, há meses atrás, deu uma demonstração de coragem ao pedir ao governo de Benguela a permissão para instalação do projecto sopa solidária – nos hospitais, crianças de rua e lares de terceira idade.

Benguela torce pela Vina Criolo, embora seja um caminho muito difícil e com muitas invejas e intrigas de homens e mulheres, políticos e governantes.     

Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress

O M.P.L.A. – MILITANTES EM DEBANDADA AS QUATRO PRIORIDADES DO M.P.L.A. ATÉ 2017 - O executivo de José Eduardo dos Santos colocou Angola no meio de um maremoto político, económico, financeiro e social e, o M.P.L.A. desnorteado sem saber como preparar-se para o pior. O saco azul vai ter que ser muito maior que nas eleições passadas para fazer face a nova parada.




O M.P.L.A. – MILITANTES EM DEBANDADA
AS QUATRO PRIORIDADES DO M.P.L.A. ATÉ 2017

Caso raro, raríssimo: O executivo de José Eduardo dos Santos colocou Angola no meio de um maremoto político, económico, financeiro e social e, o M.P.L.A. desnorteado sem saber como preparar-se para o pior. O saco azul vai ter que ser muito maior que nas eleições passadas para fazer face a nova parada.

A visão é de que ruído dessa natureza nunca faz bem a quem se encontra no governo durante uma campanha eleitoral. Por essa razão, o M.P.L.A. fará o possível para mascarar o máximo  possível o processo ou, se não houver jeito, atrasar a sua realização ao máximo tal como tem vindo a fazer com o processo autárquico.




O M.P.L.A., partido no poder há mais de 39 anos, calcula que a sua maioria eleitoral nas eleições de 2017 depende do governo ultrapassar quatro obstáculos até a corrida às urnas. As grandes prioridades não incluem nem a U.N.I.T.A que está a crescer de forma alarmante, nem as ramificações perigosas (no bom sentido), do carismático Abel Chiwukuwuku, coadjuvado pelos irmãos Mendes de Carvalho e Wiliam Tonet com o mundo político universitário-estudantil.




A preocupação envolve assuntos que atingem o eleitor, diretamente. O maior de todos os riscos é a falência das pequenas e médias empresas por ausência de pagamentos por parte do governo: as O.S - Ordens de Saque que em tempos idos significavam dinheiro, hoje são apenas papéis com valor a longo prazo e quando não são pagas, são muitas vezes remetidas para Dívida Pública. Aí o negócio é outro.

 O segundo é uma alta nos preços que desvaloriza os salários e gera mau humor.
 A terceira são as enxurradas e tragédias com o sistema das chuvas longe da normalidade, as principais vítimas envolvem eleitores de regiões que apoiam o M.P.L.A desde as eleições de 2008.

O quarto é o descaminho do Fundo Soberano e outros dinheiros do Banco Nacional de Angola, para acudir supostas crises financeiras e calamidades.

Convencido de que o eleitor sabe separar a fome e a miséria das urnas, a preocupação do M.P.L.A é de mais uma vez, à semelhança das três eleições passadas, enganar o eleitor com distribuição de dinheiros, carros, organização de espectáculos culturais (muito kuduro e cerveja com força para alienação da juventude – Bento Kangamba e os seus muchachos em prontidão de serviço), manifestações políticas, permissão de construções de moradias nas zonas de risco, criar um estado de permissibilidade total.

Todavia, em Benguela, acuado pelas denúncias que o cercam, o M.P.L.A tem vindo a receber, todos os dias, sinais e apelos dos militantes para que Amaro Segunda no Lobito e tantos outros renunciassem os seus cargos e mandatos, mesmo para não criarem embaraços com as acumulações primitivas de capital que naturalmente fizeram ao longo dos anos de poder.  Seria, na visão destes militantes adultos e urbanos, uma tentativa de não contaminar a candidatura de Isaac dos Anjos nas próximas conferências de renovação de mandatos, assim como não contribuir ainda mais para o estado degradado e impróprio para consumo do M.P.L.A., em geral. O M.P.L.A. se nega a atender aos pedidos dos seus militantes. Assim sendo, não haverá votos em 2017, sobretudo em Benguela. 



Francisco Rasgado

Jornal ChelaPress