As denúncias
contra a forma como os processos eleitorais estão a ser conduzidos no seio das
organizações, supostamente autónomas, que constituem o universo do partido da
situação aumentam a descrença dos eleitores do MPLA. Muitos deixam o partido
com intuição de que a situação ainda vai piorar. Será um novo Demóstenes?
As graves
denúncias de que membros do secretariado do MPLA de Benguela, à semelhança de
outras latitudes, humilham, perseguem, condicionam e intimidam militantes
concursados são provas de que em todos os campos humanos e profissionais há
pessoas desajustadas para o convívio político e social, prejudicando vítimas
sem defesa.
Benguela foi chamada, mais uma vez, a
fazer jus ao seu nome e à sua condição de sempre a primeira.
Na história do MPLA, em Benguela, é a primeira vez que uma mulher conseguiu
arrebatar nas urnas o ceptro maior da organização juvenil do MPLA
- JMPLA.
Este exercício democrático teve lugar
na cidade das Acácias Rubras de Benguela, no dia 20 de Setembro de 2014, na
Sala de Convenções do Hotel M’ombaka, perante a presença de dois membros do
secretariado nacional da JMPLA e
vários convidados, entre eles Isaac
Maria dos Anjos, 1º secretário e
Veríssimo Sapalo, 2º secretário do MPLA.
Na corrida final, como candidatos,
estiveram António Francisco Lima, um
jovem de 25 anos de idade, sem definição, proveniente do Cubal, aposta de David Luciano Nahenda, 1º secretário
cessante da JMPLA, envolvido no processo dos funcionários fantasmas e
de Veríssimo Sapalo, ambos
pertencentes ao Secretariado do MPLA
na província de Benguela e Adelta
Jorgina Matias, uma jovem “turca” de
36 anos de idade, natural do Bairro Benfica de Benguela, formada em gestão e
psicologia, candidata da continuidade, que contou no pleito com o apoio dos
militantes apoiantes do Fernando Uombo
Belo, 2º secretário cessante da
JMPLA.
“Espero
que David Luciano Nahenda consiga convencer a juventude e explicar que não tem
nada além de um simples apoio a um seu protegido, porque, no final, é a JMPLA,
mais concretamente o MPLA que sai prejudicado”, disse Tswana Kauana, um projecto de militante.
A verdade é que, até prova em
contrário, David Luciano Nahenda não
é inocente. Claro que não. Por conseguinte não devia ascender a ser nomeado
membro do secretariado do MPLA para a informação, cargo antes ocupado por Zacarias Davoca. Pelo desgaste inerente
ao processo dos funcionários fantasmas da educação, a sua permanência naquele
órgão máximo do partido embaraça, todos os dias, o 1º e 2º secretários de
Benguela na Província e Benguela, que o nomearam. Mas o próprio Veríssimo Sapalo também já veio, em
reservado, fazer dos militantes estúpidos, dizendo que não tem poderes para
contrariar.
Veríssimo
Sapalo certamente
está a brincar. As relações de interesses pessoais no seio do partido não podem
justificar a passividade dos chefes. A partir de agora é o próprio Isaac dos Anjos, 1º secretário do MPLA em Benguela, que começa a ser
questionado. Ele é o dono da bola.
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