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HUNGO HUNGO DESAFIA ISAAC DOS ANJOS - O poder está na rua. Administradores municipais e directores, através de um artifício passado e repassado pelo Ministério do Ordenamento do Território, estão completamente convencidos que nunca serão exonerados pelo Governador Isaac dos Anjos. Por conseguinte, prosseguem com as suas trambiquices, abrindo ainda mais espaços, na área dos Inertes, para os seus negócios, em detrimento das empresas legais que pagam religiosamente os seus impostos, os trabalhadores e as maquinas alugadas (paradas) para o efeito, aguardando, literalmente, pela boa vontade dos mesmos, para


HUNGO HUNGO DESAFIA ISAAC DOS ANJOS


Em Benguela o poder está na rua. Ontem Amaro Segunda, hoje Hungo Hungo. E amanhã? Será o general Adenda “Nino”? Este, que foi capaz de revelar à polícia económica, que o seu ex-chefe Zacarias Camwenho, se encontrava no Hotel La Plata a tomar o pequeno-almoço, para ser preso. Não tem escrúpulos.

Vai ser necessário imprimir uma nova dinâmica, com gente diferente no governo de Benguela. Os existentes, tirando os mais visíveis: Alice Cabral, Jorge Dambi, José Rego, Nelson da Conceição e pouco mais, os restantes são escórias, autênticas damas de companhia.

A indústria, um edifício de grande porte, está a ser detonado publicamente. Pronto a implodir.

Era suposto que o cheiro de churrasco viesse antecipado. Mas não.

A “operação Inertes” pode cortar de vez os laços entre a Direcção da Industria, Geologia e Minas e as empresas legais, exploradoras de inertes, que com uma blindagem real e efectiva de Hungo Hungo Cassoma, a curto e a médio prazo não fará bem à Industria. Ele, como se sabe, é apoiado por um consórcio de interesses pessoais. Julgando-se acima do bem e do mal, criou uma espécie de Direcção dentro da Direcção da indústria. Criou condições e facilitou políticos e governantes, é cortejado pelo partido municipal do MPLA em Benguela e, claro, ao longo do caminho construiu o seu próprio pé-de-meia. Certamente terá a sua queda e um final melancólico.

Agora, eles estão expostos ao distinto público, em detalhes, na “operação Inertes”, da sociedade civil, face à indiferença do governo de Isaac dos Anjos completamente desgastado.

É espantoso que as peças que formam a engrenagem da corrupção na Direcção da Industria Geologia e Minas na província de Benguela, tenham recorrido aos préstimos do próprio governo. Nesse balaio, estão lá os mesmos personagens de sempre: Abel Máquina Mussalo, director da Direcção Provincial de Industria, Geologia e Minas, João Augusto Sebastião, Chefe de Departamento Administrativo e adjunto do director, Jerónimo Tati, chefe de Departamento de Geologia e Minas e Hungo Hungo Cassoma, chefe de Departamento de Industria Transformadora. No entanto, nada é tão surpreendente quanto a imprudência do Director e dos seus chefes de departamento e do maior trambiqueiro Hungo Hungo Cassoma. Alvo principal do caso de extorsão da padaria no controlo da Belavista no Lobito, sem imaginar que ele estava a ser monitorado pela sociedade civil, que há muito tem vindo a substituir as instituições do Estado por falta de autoridade do  executivo de Benguela e do Ministério Público.

O poder está na rua. Administradores municipais e directores, através de um artifício passado e repassado pelo Ministério do Ordenamento do Território, estão completamente convencidos que nunca serão exonerados pelo Governador Isaac dos Anjos. Por conseguinte, prosseguem com as suas trambiquices, abrindo ainda mais espaços, na área dos Inertes, para os seus negócios, em detrimento das empresas legais que pagam religiosamente os seus impostos, os trabalhadores e as maquinas alugadas (paradas) para o efeito, aguardando, literalmente, pela boa vontade dos mesmos, para trabalhar.

Suspendem, simulam autorizar novas zonas de exploração, para  na realidade, não autorizarem, utilizando os mais variados artifícios ao ponto de remeterem mentirosamente a solução do problema para o governador de Benguela. Estão num autêntico desafio à Isaac dos Anjos. Desconcertado com as abordagens e correspondências mal estruturadas e com muitos erros de português, enviadas por Abel Maquina Mussala às empresas exploradoras de inertes, Isaac dos Anjos exigiu a reposição da legalidade que em momento algum foi atendida. Apenas uma empresa conhecedora do conteúdo do ofício de Isaac dos Anjos, dirigido a Abel Maquina, decidiu com muitos prejuízos tomar os seus trabalhos. Todavia, passando por cima da Direcção da Industria, que até ao presente momento não passou o teor da mesma aos interessados.    

Ninguém quer mais respeitar Isaac dos Anjos a começar por esses “capiquinotes”.

Hungo Hungo Cassoma terá eminente a sua queda e um fim melancólico.


Ou será que em Benguela ninguém aprende?    


Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress    

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