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MULHER: AGORA É DIFERENTE Todos lutam para romper a solidão, capacitarem-se mais, equilibrar os seus lares, fazer férias em casa com os respectivos maridos e filhos, educar melhor os filhos e resgatar os valores que facilitam a convivência, igualdade e respeito entre as mulheres e os homens e, achar o caminho da redenção, tendo como pano de fundo a província de Benguela. Mas há uma lacuna bem grande, que são os temas e conflitos urbanos, que mostra bem, como andam as relações e como elas estão ligadas em dois pilares: solidariedade e solidão. E que é possível reescrever o destino das mulheres com a solidariedade.






Cipriana Furtado Calengue - principal rosto da iniciativa mulher mais mulher.


MULHER: AGORA É DIFERENTE


Mulher é disponível por natureza, é assim que se autodefine a principal cara da iniciativa mulher mais mulher. Cipriana Furtado Calengue já se escondeu atrás da paróquia de são José da Damba Maria, enfrentou os microfones da rádio e ousou enfrentar o público ao pisar os palcos da política domestica e do lazer.

Agora, aos 48 anos, a docente licenciada em psico-pedagogia orgulha-se de estar perante o projecto mais útil da sua vida, em que defende o mundo mulher diariamente. E isto, porque Angola ainda está aquém no que respeita a tratar homens e mulheres da mesma forma.




Erika Cardoso Ferreira Pereira
O “não” mulher é um sintoma que não pode ser iludido. Há um mal estar mulher que persiste e que afecta a defesa dos interesses e valores comuns do Homem. Tudo parece posto em causa mais uma vez, desta feita e de forma organizada, pelas donas da conversa: Cipriana Furtado Calengue segundada pela Erika Cardoso Ferreira Pereira, contabilista de formação. O signo de Benguela mostra um mosaico de personagens (mulheres e homens) bem diferentes que se cruzam na iniciativa Mulher mais Mulher, uma espécie de conselheira sentimental e social.


Todos lutam para romper a solidão, capacitarem-se mais, equilibrar os seus lares, fazer férias em casa com os respectivos maridos e filhos, educar melhor os filhos e resgatar os valores que facilitam a convivência, igualdade e respeito entre as mulheres e os homens e, achar o caminho da redenção, tendo como pano de fundo a província de Benguela. Mas há uma lacuna bem grande, que são os temas e conflitos urbanos, que mostra bem, como andam as relações e como elas estão ligadas em dois pilares: solidariedade e solidão. E que é possível reescrever o destino das mulheres com a solidariedade. No mundo somos todos da mesma forma e queremos o mesmo: os nossos filhos salvos das  armadilhas da sociedade doente, felizes e, as nossas casas seguras.

Benguela tem universalidade.   


Fotos durante o encontro mulher mais mulher











Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress








Não te vou esquecer, Angola negra das minhas carícias e do meu amor que dói.
A tua chuva madura de cheiros e sabores lava todas as minhas mágoas, Angola cor de ginguba, do meu gindungo madurinho, e do meu céu a amanhecer.
És bendita, curas-te a minha agonia, deste-me carinho minha querida… Os teu narizinhos esborrachados, lábios grossos a gritar, olhos ternos para amar. Quais, quais são os mais bonitos?

Todos, minha gente! Todos são bonitos para amar.
Como te Amo Angola das essências. As tuas cores garridas, nos teus panos de palancas, nos laços que não combinam, como te ficam bem!
Levas os pés descalços, e choras e cantas e ris, e és sangue do meu sangue e és alma gémea a rodopiar em mim. Canta minha querida, canta… Pudera eu e curava-te minha gente…, Tu sabes que te quero tanto, minha terra, minha agonia de sorrisos, meus olhos doces de esperança.

As tuas mamãs, todas as tuas mamãs, são a força maior. São a força da Natureza! As tuas mamãs, nunca, nunca desistem, e vendem e mendigam e riem e cantam e dançam e botam à cabeça o peso dos corações.
Sabes sofrer e não gritas, minha terra. Foste esventrada e resistes. És heroína, bendita força!

Estás sempre a mexer minha Angola, não paras quando danças, não paras quando tocas, não paras quando dormes, não paras quando buscas a verdade e a liberdade, minha querida Angola que nunca, nunca te cansas…
Amo-te terra querida dos mamoeiros e dos ananases, do loengo, da múcua e também do lombi. Amo a tua fruta pinha e o sap sap, e também amo o que nunca conheci, pois a ti, só te posso amar.

E quando na tua lama me defronto para passar, continuas a ser rainha e mereces-me REVERÊNCIA!

Tivera eu safiras, esmeraldas, diamantes, ouro petróleo e café, e eu te curaria minha gente e te mandaria esculpir uma estátua cravadinha de amor e igualdade…
Não te quero deixar terra amiga dos meus amores. Como posso, se os teus filhos são tantos que nos unimos num abraço e damos as mãos, num tufinho de algodão: branco, negro, castanho, escarlate e és arco-íris.
Óh, minha terra de água que estás sempre a bombar…
Bombas nos risos, na dor, no semba e também bombas nos filhos e nos amantes e nas prostituas, bombas nos carros de luxo, e és rainha, e a mais coroada de todas.
És magia, és sedutora e sexy, és abusada, mas és sublime. És vulcão em erupção e és um orgasmo perfeito.

Meu amor maior, glória de quem te ama! - Chora por mim, que choro por ti, mas para ti voltarei por me cuiares tanto!



By: Maria Silva 



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