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O MÚSICO PAULO FLORES TORNOU-SE IMPERADOR EM BENGUELA - escolha unânime dos benguelenses para receber a medalha da cultura da cidade das Acácias Rubras, concedida a personalidades admiradas pela urbanidade benguelense.


O MÚSICO PAULO FLORES TORNOU-SE IMPERADOR EM BENGUELA

Há quem diga que a música angolana devora seus ídolos com a mesma velocidade com que os inventa. Mas nem sempre é assim: depois que a trajectória de um artista atinge certa altitude, nada parece tirá-lo de órbita. A actualidade permanente do músico Paulo Flores é prova disso.

Luandense de nascença (filho do sempre lembrado Cabé do Largo da Peça de Benguela), mas benguelense  de coração.

Paulo Flores foi escolha unânime dos benguelenses para receber a medalha da cultura da cidade das Acácias Rubras, concedida a personalidades admiradas pela urbanidade benguelense.

Ninguém pode dizer que o grande músico angolano engajado não se esforça pela causa. Homem de várias notas, Paulo Flores repetiu no grande concerto realizado no cine Kalunga, dia 17 de Outubro de 2015, o seu mantra pela importância de se olhar para o futuro da geração actual. Foi maravilhoso, muito exuberante. Mesmo em concerto com um cerimonial de premiação tão sério, foi uma noite de astral único.

Paulo, alavancado pela espectacular música “querida mãe”, uma das canções de afirmação, recicla o melhor da música angolana com recursos inovadores.   Paulo Flores muito honrado e emocionado chorou perante a presença de pessoas jamais imaginadas, como os Pais do grande Trixu (o maior realizador de espectáculos de sempre) Jesus Rasgado, Fernando Jordão, Rosário Borrego, Manuel Clemente “Nijó”, General N’Zumbi, Álvaro Silva, Armando da Cruz Neto, Túlio Lopes Cordeiro, Aderito Areias, Dumilde Rangel, Adelaide Rasgado, Belita Fernandes, Joana Maria, Cacato Mendes, Francisco Rasgado, Roberto Lima, Jorge Gabriel  e tantos milhares de espectadores.

Nunca a música popular urbana angolana produziu um fenômeno semelhante a Paulo Flores: pouco mais de duas décadas de carreira, e uma idolatria que perdura até os dias de hoje. Todavia, uma especulação que se ouvia com insistência ultimamente nos bastidores da cultura angolana, enfim confirmou-se. Paulo Flores, o grande músico angolano está, sim, afastado injustamente da cultura de Angola.

Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress

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