REPENSAR O FUTEBOL EM BENGUELA
ESTRELA CLUBE 1º DE MAIO
A realidade é desanimadora, mas não devia ser tanta. Uma das grandes
questões do próximo ano será, mais uma vez, o futuro do Estrela Clube 1º de
Maio.
Aguenta-se ou não? Haverá birras, amuos e mais desencontros, ou a corda
acabará por se partir quando menos se espera, naquele momento absolutamente definitivo
em que algo de essencial se quebra e a relação já não tem volta, à semelhança
das anteriores? Não é por razões de mera retórica política que o tema da
continuidade do Estrela Clube 1º de Maio se deve colocar desde já. Pelo
contrário, o 2016 será todo ele um ano em que a resistência, ou melhor, a sanidade
financeira do clube será constantemente posta a prova.
Wilson Faria, actual presidente (eleito por sufrágio universal) do
Estrela Clube 1º de Maio, acredita tanto em si e na sua máquina de gestão do
Clube, ao ponto de achar que vale tudo, em nome de qualquer “missão histórica” para a qual o próprio
se sentiu ungido… ninguém sabe por quem. E se, de repente a “missão” de Wilson Faria se tornar cada vez mais impossível, devido à fuga dos
dirigentes?
O conselho fiscal liderado por Hauser
Henrique e Pinto Caimbambo, abandonaram
seus lugares por terem recusado assinar o relatório de contas do Clube,
apresentado com muitas imprecisões. Foi substituído pelo irmão do presidente do
Clube. Higimo Chimuco, vice-presidente
para a área financeira foi substituído por abandono de lugar por Américo Oseas Tchissassa, um quadro
inteligente e voluntarioso do M.P.L.A.
Como ficará então o estado de alma de Rui Araújo, o eterno vice-presidente para a área do futebol do 1º
de Maio, Nelito Monteiro que engoliu
sapos, mesmo ciente da razão contida na frase lapidar de Octávio Pinto, o presidente do Clube substituído por Wilson Faria?
Todavia, Silvestre Kissari, o
novo patrocinador oficial do Estrela Clube 1º de Maio, dizem a boca pequena,
que se trata da 2ª edição de Bento
Kangamba. Com este novo patrocinador, o Estrela Clube 1º de Maio, já encaixou dinheiro para minimizar os salários
em atraso dos jogadores e garantir a participação do clube no campeonato nacional.
Nunca houve, nem há química entre os
dirigentes do Estrela Clube 1º de Maio. Os presidentes tiveram sempre atitudes imperiais perante o parceiro
natural. As suas vontades constantes foram engoli-los ou, no mínimo reduzi-los,
a uma espécie de apêndice irrelevante como sempre fez, o Estrela Clube 1º de
Maio, rapidamente renega o líder incómodo e recomeça tudo de novo, da mesma
forma. Perdidas as referências, fica sem chão e sem crentes. E Rui Araújo, “o nosso Pinto da Costa” parece
cada vez mais cansado.
Babalada / Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress
Nenhum comentário:
Postar um comentário