DA FAUNA MARINHA ANGOLANA
Depois da malária os novos inimigos do povo angolano.
A terra já passou por ciclos de grandes convulsões climáticas e sofreu
profundas alterações ambientais, ao longo da sua existência, que determinaram
mudanças radicais em inúmeros habitantes e a evolução ou o desaparecimento, de
numerosas espécies de vida. Mas nunca esteve o planeta em risco, como hoje,
devido ao comportamento de uma única espécie. O homem. O que se está a fazer e
o que se pode fazer, para inverter a situação consentida? Sob várias formas, a
costa marítima angolana está a
ser delapidada por embarcações estrangeiras. A costa marítima angolana, está a ser contaminada pelas fabricas de farinha de peixe criadas por entidades estrangeiras com a conivência de dirigentes angolanos, a fauna marinha da costa angolana está em vias de extinção, a população de Angola está a correr o risco de nos próximos dez anos, perder totalmente a sua base alimentar (a sardinha) e os seus postos de trabalho, as fabricas de farinha de peixe, no mundo, estão a ser extintas por causa dos seus efeitos nefastos sobre o mar e suas espécies. No meio da crise económica e financeira que atravessamos, no meio da crise ambiental que nos ameaça, no meio desta angola desigual que não conseguimos mudar, foi montada na Baía-Farta, a Pesca-Fresca – fabrica de farinha de peixe, duas no Namibe – Tombwa e outra em perspectiva na Caota, para o mal dos pecados.
ser delapidada por embarcações estrangeiras. A costa marítima angolana, está a ser contaminada pelas fabricas de farinha de peixe criadas por entidades estrangeiras com a conivência de dirigentes angolanos, a fauna marinha da costa angolana está em vias de extinção, a população de Angola está a correr o risco de nos próximos dez anos, perder totalmente a sua base alimentar (a sardinha) e os seus postos de trabalho, as fabricas de farinha de peixe, no mundo, estão a ser extintas por causa dos seus efeitos nefastos sobre o mar e suas espécies. No meio da crise económica e financeira que atravessamos, no meio da crise ambiental que nos ameaça, no meio desta angola desigual que não conseguimos mudar, foi montada na Baía-Farta, a Pesca-Fresca – fabrica de farinha de peixe, duas no Namibe – Tombwa e outra em perspectiva na Caota, para o mal dos pecados.
A utilização racional dos recursos marítimos, está hoje presente nos
discursos das populações e das empresas. E é fundamental que chegue cada vez
mais a todos os angolanos. A verdade é que, em Angola, no meio do percurso
civilizacional, a procura permanente e interminável de aumento de produção e do
consumo, transformado em sinónimos de riqueza e de bem-estar, perde-se a noção
do que é verdadeiramente essencial. O modelo criminoso de desenvolvimento
pesqueiro que tem vindo a guiar Angola até aqui, está a chegar ao fim. Está a
travar o progresso tecnológico, econômico e social, que move a humanidade. Mas
do que, aliás, grande parte do mundo já está excluindo, ou seja, no planeta as
fabricas de farinha de peixe já foram banidas. Mas apenas, porque se tem hoje a
consciência de que esse caminho pode ser trilhado de forma diferente, com um
objectivo e com regras – que estas por sua vez, podem ser, elas próprias,
motores de crescimento.
Os países civilizados, desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, já
não negoceiam a desgraça dos seus povos. É assim, que a região na qual Angola
está inserida e banhada pelo mesmo mar (oceano atlântico), nomeadamente: a África
do Sul e a Namíbia, as suas fabricas de farinha de peixe foram totalmente
banidas, extintas e as suas embarcações de pesca de carapau e sardinha, estão
sujeitas a quotas especificas anuais. Nem mais uma facilidade. A sardinha e o carapau são peixes migratórios,
cujas movimentações se processam em meses diferentes (veda e desova), que com a corrente fria de Benguela concluem o
seu ciclo partindo da África do Sul passando pela Namíbia e terminando em
Benguela e vice-versa. Não montam as suas fábricas nos seus respectivos países porquê?
A lei existe e é muito dura!
As fábricas de farinha de peixe da
África do Sul e da Namíbia estão a ser transferidas para Angola. Todavia, estes países citados e outros a “fazerem-se ao bife”, encontraram no território
Angolano, condições milagrosas para prosseguirem com as suas intenções
criminosas de destruição, desta feita, do mar e fauna marinha angolana. A título
de exemplo, 1 (uma) tonelada de farinha de peixe corresponde a 6 (seis)
toneladas de peixe verde, incluindo recém-nascidos, juvenis, adolescentes,
adultos e velhos. É um autêntico crime.
Baía-Farta em Benguela e o Tombwa no Namibe
são dois municípios altamente contaminados. Existem estudos de impacto ambiental? As aludidas fábricas não disponhem
de E.T.R. – Estação de Tratamento Residual. Os resíduos líquidos (gorduras)
provenientes da transformação do peixe e outros químicos, vão diretamente para
o mar, estuário, poluindo até a sua desintegração. Os resíduos sólidos (peixes
estragados) são igualmente lançados ao mar, quando não permanecem mesmo no
local do crime, provocando perturbações estomacais, vómitos e sérios problemas
respiratórios as populações circundantes. Está
a ficar difícil viver no município da Baía-Farta, na Baía-Azul.
Os grandes navios continuam a transportar toneladas de farinha de peixe para o exterior do país. Ainda
há 6 (seis) dias atrás, um grande navio carregou farinha de peixe para fora do
país. Há registos na fiscalização e na delegação das pescas, das quantidades exportadas?
E dos valores e moeda utilizada para venda da farinha de peixe fora de angola?
Os encargos: os impostos, os trabalhadores, a água, o combustível são
pagos em kwanza e o resultado final (a farinha de peixe exportada), também tem sido
em kwanza ou em dólar?
Angola não arrecada dólares com esta operação. O resto está no segredo
dos deuses.
Babalada / Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress
Bom trabalho... Pena a comunidade continuar apática a estas questões vitais.
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