O CARTEIRO ASSANHADO!
“O jogo ainda não começou… e o padrinho já está a fazer renúncia”!
O grande
desafio de João Lourenço, cabeça de
lista do MPLA as eleições de Agosto / Setembro, apresenta-se tenebroso.
A sua visita
a Moçambique, na qualidade de ministro da defesa da República de Angola,
portador de uma missiva do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, ao
seu homólogo moçambicano, foi um autêntico desastre, provocando obviamente um
descontentamento no seio da oposição política de África Austral. João Lourenço acusou destemperada,
desrespeitosa e emocionalmente a oposição política da áfrica austral,
particularmente a de Angola e Moçambique, “de
malandros”, contrariando absurdamente os mais básicos pressupostos da democracia
e do direito internacional de as pessoas constituírem-se em oposição política nos
seus respectivos países. Embora seja reprovável,
não crucifiquem o homem. O erro é perdoável.
Foi um passo em falso. No entanto, tem potencialidades e deve, por conseguinte,
saber dialogar com a oposição, com as pessoas, para compreender e encontrar, a
semelhança dos outros candidatos, as melhores soluções para a saída da crise
profunda que país atravessa.
Esperemos que
a oposição, explore sim, mas não faça deste acontecimento “um cavalo de batalha”,
embora lamentável, uma oportunidade para destruir um político com quem deveriam
contar, para ultrapassar os 40 anos de “Eduardismo”,
marcados pela corrupção, atraso, niilismo e dilapidação do erário público.
O ministro da
defesa representa o Estado angolano e não mais do que isto.
Sendo candidato
à presidência da República, deve admitir-se presidente da Nação, de todos os
angolanos, independentemente das suas cores políticas. Todavia, esta linguagem,
à partida deve ser considerada nefasta, incongruente e desanimadora, nada
abonatório, para um político que se quer demarcado do regime em vigor, que caracterizou
os 40 anos do exercício governamental do MPLA,
presidido pelo José Eduardo dos Santos e
que constitui a vergonha e retrocesso do povo angolano em geral. João Lourenço deve demarcar-se,
urgentemente.
“João Lourenço não passará de um cadáver político se não se demarcar das
práticas Eduardistas”.
Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress
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