A MÃE DE BENGUELA
Esperança
Lima Coelho de Vilhena,
carinhosamente conhecida por “panchita”
morreu em Benguela, no dia 25 de Março de 2017, justamente no dia do seu
aniversário natalício, e foi a enterrar no dia 28 de Março de 2017, no
cemitério da Camunda. O seu soberbo e exuberante funeral foi marcado por uma pléiade
de familiares e amigos provenientes de várias latitudes, que fizeram questão de
prestar a última homenagem àquela que foi em vida a Mãe de Benguela. Foram
várias as instituições do Estado angolano e da sociedade civil benguelense que
perante o corpo de Esperança Lima Coelho
e na presença de Eduarda Silvestre
Magalhães e do seu filho maior, Matias
Lima Coelho “General N’Zumby” homenagearam com mensagens de solidariedade e
condolências à malograda.
ELOGIO
FÚNEBRE
“O MEU AMOR
DA RUA 11”
A MAIOR DE
TODOS
Há
um cartoon que mostra a chegada de Esperança
Lima Coelho de Vilhena ao céu, justificando a sua morte, no sábado passado,
dia 25 de Março, depois de 89 anos de vida (feitos no dia da sua morte).
À
frente de um desenho do mundo, diz Deus: “vou
acabar com tudo no dia 25… Quero que você faça um novo projecto”. Desenhar
um novo mundo, mais bonito e solidário, com aqueles traços e curvas que deixou
espalhados pela cidade de S. Filipe de Benguela. Mas, sobretudo, tentar
inventar um sítio melhor para vivermos, porque, como nunca se cansou de
repetir, “o mais importante não é o
cargo político, empresarial ou governamental, mas a vida, os amigos e este
mundo injusto que devemos modificar”.
Não
foi difícil, depois da morte de Esperança
Lima Coelho de Vilhena, encontrar citações fortes. Era assim Esperança Lima Coelho de Vilhena, natural
do Bairro Benfica, berço da intelectualidade benguelense,nascida aos 25 de
Março de 1928, filha de Tomás Lima Coelho
e de Júlia,símbolo de humanidade
e humanismo, Mãe das mães de Benguela, Mãe de metade dos filhos da cidade de S.
Filipe de Benguela e madrinha de outra metade, Musa do poeta maior de Benguela
– Aires de Almeida Santos, A mulata
mais bonita e cobiçada de Benguela antiga, são alguns títulos atribuídos a Esperança Lima Coelho de Vilhena. Para
a história, era uma humanista e solidária da melhor estirpe. Entre os inúmeros
gestos de solidariedade de Esperança
Lima Coelho está a adopção de dezenas de filhos, sobrinhos, netos e a ajuda
a várias famílias humildes de Benguela.
Há
digitais de Esperança Lima Coelho espalhados
por algumas acções mais nobres nas últimas décadas coloniais, como a adopção de
Matias Lima Coelho “general N’Zumby”, ascendência
completa de seu irmão “Caniço”, o
baptismo de Asdrubal Costa, Francisco
Rasgado, Eduarda Silvestre Magalhães, Dionísio Rocha, Carla Ramos Williams,
Maria Rasgado, Carlos Lamartine, Gregório Mulato, Vate Costa, Gabriel Filipe
Amado, Adelaide Rasgado, Mário Leite e
tantos outros.
A
sua grandeza, incontornável no quadro do crescimento de Benguela, faz com que
ela seja recordada com uma estátua e uma rua com o seu nome.
Que
a sua alma descanse em paz e o seu nome presente na vida de todos os
benguelenses.
Benguela aos
28 de Março de 2017
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