Neste “conto de fadas” em que vivemos de
tantas incertezas, é muito cedo para se comemorar uma vitória que não foi
concretizada.
Foi muito
importante e oportuno o discurso proferido pelo Cristino Molares D’ Abril e Silva, vice-presidente do Tribunal
Supremo, por ocasião do empossamento
dos quatro novos Juízes Conselheiros do Tribunal Supremo. No entanto, importa
salientar que a figura maior do Tribunal Supremo, do momento, antes passou por
Benguela como Juiz Presidente do Tribunal de Benguela e deixou boas
referências, assim como, um grande vazio.
Depois da
ascensão do Juiz Presidente Cristino
Molares D’ Abril e Silva, para o Tribunal Supremo, passaram por Benguela: Alberto Lucas - por um período muito
curto; Manuel Victor Assuilo - sem êxitos
para o Tribunal de Benguela, Elsa Ema do
Rosário Jorge Sinde – maior desastre que Benguela conheceu e vale apenas
lembrar que é filha do advogado Pedro
Sinde; actualmente Artur Gunza, Juiz
presidente de Benguela, que se ausentou da província, por razões de formação,
deixando Catarina Micolo, a grande companheira da Elsa Sinde, a interinar. Nada
acontece. E com sérios problemas com a caução, que é uma garantia especial das
obrigações que pode ser imposta ou permitida por lei, decisão judicial ou
convenção, relativamente a uma obrigação futura ou de objecto não determinado
(dicionário Jurídico, 5ª edição, Volume I – autora Ana Prata). Comeram os valores das cauções. Todos
os envolvidos, neste processo, estão suspensos, excepto a chefe (Catarina Micolo), que alega ter sido
ludibriada pelos seus subordinados!
Onde está a caução
(paga em 2014) de USD 10.000,00 (Dez Mil
Dólares Norte Americanos), da senhora Rosário
de Fátima Vaz Soares Borrego, acusada pela Juíza, Elsa Ema do Rosário Jorge Sinde, de estar a litigar de má fé, no processo
de sua herança que envolveu o Sr. Umbelino
Vicente? O certo, é que o processo foi
transitado e julgado a favor da senhora Rosário
de Fátima Vaz Soares Borrego - reconhecida proprietária legitima do imóvel em
causa.
Vários anos
passaram e nenhum dos citados conseguiu superar Cristino Molares D’ Abril e Silva, em matéria de rigor, honestidade
e competência.
Se os juízes,
não só, do Tribunal Supremo, mas também de outros Tribunais subalternos,
quiserem realmente ajudar, não aparecer e tirar vantagens pessoais, com certeza
teremos uma Angola melhor. Excelente e oportuno o discurso de Cristino Molares D’ Abril e Silva,
vice-presidente do Tribunal Supremo que, digamos de passagem, teve repercussão
nas lideranças da Magistratura Judicial, conselho judicial, procuradorias e
tribunais judiciais provinciais, porém, ainda não foi o suficiente. Os juízes e
procuradores, sobretudo, nas provinciais continuam a dar as cartas do jogo,
lançando princípios subjectivos e duvidosos em aqueles que corresponderem ao apelo
da PGR – Procuradoria Geral da República sobre a luta contra a corrupção, serão
banidos, policiados e os seus presumíveis processos judiciais largamente
prejudicados pelos magistrados. Esta decisão, com desculpa de protecção contra
os actos de crimes de consciência, na verdade afecta directamente a sociedade e
o programa de luta contra a corrupção, a grande bandeira de João Lourenço, Presidente da República
de Angola. É importante que todos (juízes e procuradores), tenham consciência
que o rigor, a honestidade e a competência devem constituir a bíblia da
justiça. Se assim não for logo, teremos hora marcada para enfrentarmos mais
barreiras que dificultarão os processos de luta contra a corrupção.
É impossível viver sem sonhos, porém, sobreviver somente contando com um
amanha longínquo é enlouquecer!
Por: Francisco Rasgado / Chico
Babalada
Jornal ChelaPress
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