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SERÁ QUE O GANHO ESTÁ NA COMPRA? - SÍLVIA LUTUCUTA DECLARA GUERRA AS EMPRESAS PRIVADAS ANGOLANAS


SERÁ QUE O GANHO ESTÁ NA COMPRA?

SÍLVIA LUTUCUTA DECLARA GUERRA AS EMPRESAS PRIVADAS ANGOLANAS


O meu amigo Ernesto Cabinda morreu, em Benguela, por falta de T.A.C.! O Hospital Geral de Benguela não tem T.A.C., assim como, o Hospital Geral do Lobito, para a avaliação das dimensões dos A.V.Cs. e outras doenças e respectivos diagnósticos das mesmas. Todos os T.A.Cs, nuns dois municípios, estão há anos avariados.

A ausência deste equipamento crucial tem determinado a morte de centenas de pessoas, sobretudo agora, que a qualidade de vida tem vindo, alarmantemente, a diminuir. As mentiras a volta dos centros de hemodiálises, propalados com ironia pela ministra da saúde, é outro problema em Angola.

O alerta é claro. O marasmo pode também tomar conta das clínicas e centros de hemodiálises espalhados, um pouco por toda Angola.


Ora vejamos: Angola dispõe, no hospital geral do Lubango – Huíla, de um Centro de Hemodiálises, construído com fundos públicos (financiamento do Estado angolano), propriedade ou gestão da SOCIFARMA. Este mesmo empreendimento foi inaugurado por João Lourenço, Presidente da República de Angola como se de uma obra pública se tratasse. Que grande jogada!!!

No Móxico, durante a visita de João Lourenço, a Drª. Sílvia Lutucuta, ministra da saúde inaugurou um “mini centro de hemodiálise no Hospital Geral do Moxico. Nos mesmos moldes do Lubango, onde existem, supostamente, interesses com a ACAIL, uma empresa estrangeira que se instalou em Angola como vendedora de ferro e mais tarde vendedora de equipamentos hospitalares e medicamentos.

O Ministério da Saúde está a instalar no Hospital Geral de Luanda um centro de hemodiálises com a ACAIL. No entanto, importa salientar, que a ministra da saúde está apostada à potencializar a ACAIL, uma empresa não especializada na área da hemodiálise que apenas existe no mercado como vendedora de kits de hemodiálises. Como prova da afirmação feita, a ACAIL, agora é a gestora dos centros de hemodiálises do Ministério da Saúde. A ACAIL não paga salários porque os quadros são funcionários públicos, não paga os reagentes e outros acessórios necessários para a operação das hemodiálises, não faz formação dos quadros, não paga água, não paga luz etc, etc. Pois, assim, é muito fácil e generoso de mais! São muitas coisas recebidas de bandeja.

Entretanto, o Ministério da Saúde, em cumplicidade com a DSS-FAA (Direcção de Serviços de Saúde das Forças Armadas Angolanas) e a ACAIL, está de assalto à hemodiálise em Cabinda, quando na verdade, a província, não tem. Porém, há muito que está em construção uma unidade privada, faltando apenas, 20% para a sua conclusão total. Todavia, tem sido voz corrente, uma orientação de João Lourenço, integrada no combate contra a corrupção e os monopólios. Contrariando este discurso do Presidente da República, a Ministra Sílvia Lutucuta tem vindo a incentivar a criação de monopólios, em detrimento do empresariado nacional, ou seja, “enriquecer o estrangeiro e empobrecer o nacional”, quando a palavra de ordem é: “Menos Estado e mais privado nacional”.
   
A ACAIL, a empresa referenciada no quinto parágrafo, é indiscutivelmente a ponta de lança da perspectiva comercial de Sílvia Lutucuta, Ministra da Saúde.

Existe um centro de hemodiálises no hospital Josina Machel, Hospital do Prenda, e no Hospital Geral do Huambo,  todos eles propriedade do Estado, mas, geridos por uma empresa privada – CRA & DLA (Carlos Alberto, ex ministro das finanças, assessor do João Lourenço, e actual presidente do fundo soberano de Angola e irmãs). Outrossim, na esfera privada temos um Centro de Hemodiálises, no Américo Boavida propriedade da PLURIBUSAFRICA.

Na província de Benguela, temos duas clínicas de hemodiálises: sendo uma no Hospital Geral do Lobito e outra no Hospital municipal de Benguela - ambas ligadas ao Instituto Angolano do Rim. No entanto, em Cabinda está em construção, uma terceira clínica de hemodiálises, ligada ao mesmo Instituto. E por último, em Malanje, no Hospital Geral de Malanje, outro centro de hemodiálises propriedade da NEFROANGOLA.  Todavia, importa salientar, que a CECOMA – Central de Compras do Ministério da Saúde - junto ao Hospital Sanatório está completamente cheio de medicamentos indianos, que é um entendimento entre a HEMO-ANGOLA e a ELNOR.

Passado anos, a “ditadura da saúde” prossegue. Porque João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República, promove isso?  Sem dúvida. Mas esta adoração pela figura de Sílvia Lutucuta, ministra da saúde, que não tem paralelo em nenhum outro país, é uma curiosa herança de José Eduardo dos Santos – e um atestado de menoridade e até de mediocridade que as lideranças políticas passam a si próprias. Elas saberão porquê.

Drª. Sílvia Lutucuta apresenta-se como salvadora de João Lourenço e do país, mas, na verdade está muito mais preocupada com a sua visibilidade, ludibriar e denegrir a imagem do presidente e do país com mentiras hilariantes.

A grande importação de milhares e milhares de dólares americanos, efectuada pelo Ministério, durante o consulado de Zeca Van-Dunem à uma empresa angolana, que por sua vez, estabeleceu ponte com à  G.E. – General Electric, empresa americana, de equipamentos hospitalares, a Drª Sílvia Lutucuta fez questão de não utilizar, ignorar, mantendo grande parte dos mesmos encaixotados e a estragarem-se. A Drª Sílvia Lutucuta, actual ministra da Saúde, optou por importar novos equipamentos hospitalares, senão os mesmos, à SIEMENS, empresa de origem alemã, na sequência de um contacto que teve nos EUA com a chancelaria alemã.

Sílvia Lutucuta, considerada pelos profissionais da classe como especialista na arte de fazer acordos pouco claros – inclusive em empreendimentos (negócios) custeados com recursos públicos. Até tem transito livre na presidência e goza de um privilégio sonegado à maioria dos ministros. E essa aproximação excepcional com João Lourenço credenciou-a” a realizar algumas missões “subterrânicas” importantes. A ser verdade que a ministra criou entendimentos com empresas de construção civil e obras públicas, de serviços hospitalares e de medicamentos, nomeadamente a OMATAPALO (maior empresa de construção civil e obras públicas de Angola, com qualidade comprovada) e a empresa ACAIL para disputarem o “leilão” de construção de Hospitais, de centros de hemodiálises e transação de medicamentos, muitas delas desnecessárias, mas sim, potenciar as empresas angolanas existentes. Não é só, formar entendimentos, mas, também integrar no universo da Saúde todos os actores, correspondendo assim, o interesse maior da Nação.

A saúde é a Sílvia Lutucuta que nas suas deslocações as províncias não admite que os seus representantes provinciais se pronunciem sobre o estado real da saúde e suas implicações em Angola. Os seus secretários de Estado estão todos completamente anulados. Não têm a palavra!

Porém, se transformou num problema constrangedor.

O negócio desavisado, só é bom se for com o branco… O negro fala! – Opinião de alguns governantes do MPLA.

Eis a razão pela qual todos fazem recursos aos estrangeiros para grandes jogadas.


Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress



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