Pesquisar este blog

FRANCISCO RASGADO NOVAMENTE NO TRIBUNAL


FRANCISCO RASGADO NOVAMENTE NO TRIBUNAL

Desta vez, é mesmo para valer.
O julgamento de Francisco Rasgado, director do jornal ChelaPress está marcado para o dia 25 de Junho do ano em curso, junto do Tribunal Provincial de Benguela Sala dos Crimes Comuns 2ª Secção.    
 
 
 

O QUE FAZER QUANDO TUDO ARDE? - O M.P.L.A já não tem condições para governar. O país está completamente parado, as esperanças de todo um povo desabaram completamente. Será desastroso para o país e muito pior, para o povo angolano, que os resultados das próximas eleições atribuíssem, mais uma vez, a vitória por maioria ao M.P.L.A.



O QUE FAZER QUANDO TUDO ARDE?
A crise agudiza-se, cresce, estende os seus tentáculos que ainda não se sabe onde chegarão. E não há grandes dúvidas nem sobre as suas causas nem sobre os remédios imediatos para a combater, que o governo de Angola não consegue divisar solução aplicável.

Mas, para além deles, é indispensável, para o presente e para o futuro, criar um clima de resistência e quanto possível de confiança, inclusive nas instituições democráticas. O que exige muito mais ética e justiça: uma política social muito mais decidida no combate à pobreza e no combate às tremendas desigualdades sociais, assim como transparência, combate à impunidade a todos os níveis, em particular o económico e o político.

Percebe-se que José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola e o M.P.L.A, partido no poder há mais de trinta anos, pensem nos próximos actos eleitorais. Mas para conseguir um maciço voto popular deviam ter aprendido, em devido tempo, com os exemplos de outras latitudes. Destruíram todas as expectativas quanto a uma política social, que dentro dos seus padrões devia tirar da miséria mais de 15 milhões de angolanos e favorecer os pobres e remediados, a par com uma política macroeconómica prudente, realista, que respeitasse e estimulasse a iniciativa privada, sem se demitir de regular e intervir quando necessário.

Porém será muito importante para o futuro próximo a forma como vai decorrer e a imagem do partido desgastada que dele vai sair. O M.P.L.A já não tem condições para governar. O país está completamente parado, as esperanças de todo um povo desabaram completamente. Será desastroso para o país e muito pior, para o povo angolano, que os resultados das próximas eleições atribuíssem, mais uma vez, a vitória por maioria ao M.P.L.A.

Nas próximas eleições muitas questões serão colocadas em cima da mesa, tais como: a luz, a água, o salário mínimo, o fundo soberano, corrupção como método do governo, a falência do empresariado nacional e as ordens de saque que viraram papéis sem importância nenhuma, ainda mais do que em outras, o M.P.L.A já não vai poder impor nenhuma disciplina e cada militante ou eleitor vai ter  que votar de acordo com a sua consciência.

É notória a incomodidade dos temas para muitas figuras do partido no poder, que têm receio de, em ano eleitoral, o M.P.L.A vir a ser penalizado por ter enveredado pelo caminho da delapidação do país e ignorar todo um conjunto de sentimentos de um povo.


Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress

ANGOLA ATRÁS DO CHINÊS PARA COMPOR-SE DA FALÊNCIA - O governo angolano não tem moral para exigir que as empresas façam os pagamentos dos impostos industriais com prazos e multas descabidas.



ANGOLA ATRÁS DO CHINÊS PARA COMPOR-SE DA FALÊNCIA 


José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola e chefe máximo do executivo do governo de Angola com todos os poderes conferidos pela constituição atípica, onde todos os ministros são seus delegados, não cessa de surpreender os angolanos de Angola: depois de garantir que 2015 seria um ano perfeito para as famílias angolanas, o presidente resolveu mudar de ideias e, em mensagem de fim do ano, prometeu um ano difícil e exigente. É provável que, nos próximos dias, ou nos próximos meses, o chefe o chefe do executivo angolano volte a mudar de ideias, negando tudo o que disse até ao momento.  

As piruetas são perfeitamente compreensíveis: o presidente demitido das suas funções ou não, não faz a mais pálida ideia de como será nos anos subsequentes, nomeadamente o ano 2016, altura das conferências de mandatos e do congresso ordinário e vai atirando ao sabor do vento. Uma ideia, porém, parece recorrente na indiferença política de José Eduardo dos Santos: aconteça o que acontecer ele admite que não será culpado de nada. Pelo contrário: ele está disposto a ajudar as famílias angolanas, os trabalhadores, as empresas pequenas e dias, todas elas falidas pelo sistema. E, mais, foi precisamente a coragem do seu governo que, ao pôr as contas em dia, esvaziando cada vez mais os cofres do Estado, preparou o País para as tormentas que estão a ser vividas pelos os angolanos de Angola.  

Entendo que o presidente, chefe do executivo angolano tenha que dizer estas coisas em ano eleitoral. Mas também acredito que, lá no fundo, existirá um mau estar na consciência do presidente que lhe dirá a verdade: o défice foi mascarado a golpe de cosmética; o assalto contumaz ao bolso dos contribuintes foi um travão ao investimento e à criação de emprego; a despesa, essa gordura do Estado, nunca foi sua intenção, por conseguinte não foi atacada com seriedade, o endividamento esmaga-nos e paralisa-nos; a economia angolana, no fundo, nunca esteve preparada para coisa nenhuma porque o governo do M.P.L.Ano poder há mais de trinta anos, sempre soube desperdiçar os mandatos que teve e uma maioria. Ora vejamos: o Estado que não paga a ninguém está exigir que as empresas liquidem os seus impostos. Como? O Estado é o maior comprador de serviços, por conseguinte se não paga os seus servidores, eles também não têm como pagar os seus impostos, assim como, outras obrigações para com terceiros. As empresas angolanas de uma maneira geral estão falidas. O Estado faliu-as. Se não recebem não têm como pagar. 

O governo angolano não tem moral para exigir que as empresas façam os pagamentos dos impostos industriais com prazos e multas descabidas. 

Que José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola lave as suas mãos no próximo ano, preparação para as eleições de 2017 e prometa caridade aos angolanos de Angola, eis um espectáculo que não redime todos estes anos passados de pobreza e  miséria. Apenas os explica.  



Francisco Rasgado  
Jornal ChelaPress