Em 2017 teremos as eleições mais disputadas e decisivas para o MPLA e continuidade de José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola a frente dos destinos do país.
Os militantes
há muito não viviam tempos tão confusos porque às incertezas do MPLA, junta-se a autodestruição de Veríssimo Sapalo, 2º secretário do MPLA de Benguela que devia ocupar-se mais com o partido e apoiar
fiscalizando o exercício do governo do MPLA,
liderado por Isaac dos Anjos.
Melhor alerta
em pouco mais de um ano da abertura das conferências de mandatos, o MPLA não podia ter. Quando fechados em
si próprios, os membros superiores do MPLA
em Benguela, ainda não têm certezas absolutas de que vão conseguir evitar que
militantes e simpatizantes de outros partidos se intrometam na eleição do seu
líder maior, José Eduardo Santos. Porém,
os benguelenses mostram que mais do que ideias soltas e ataques a oposição,
será necessário salvaguardar o governo para um bom resultado nas legislativas
de 2017.
No MPLA, os mais optimistas sublinham que
a próxima ida às urnas ainda está tão distante que estas sondagens pouco, ou
nada, interessam. Talvez o único que esteja certo seja Isaac
dos Anjos, governador da província de Benguela, que saberá agir no time
exacto, suplantando todos aqueles militantes de Benguela (Veríssimo Sapalo – Dada Magalhães, Zacarias Davoca), que ocupando
simultaneamente cargos de membros do comité central, posições estratégicas no
interior do partido e de deputados da Assembleia Nacional, estão mais
preocupados em fazer oposição ao governo local, defendendo as suas reformas e
todos os bens materiais possíveis de serem adquiridos de forma fácil e ilegal, do
que desenvolverem actividades partidárias.
Pode até ser,
mas entregar o destino ao tempo e à “Silly season”, parece demasiado arriscado.
Sobretudo, porque nada garante que em 2016, mesmo depois das conferências, o MPLA recupere a estabilidade. Pelo
contrário, a estreia das conferências tem tudo para ser turbulenta e uma vitória
de Isaac dos Anjos que dará certeza ao vencedor de um futuro
sem mais pressão.
Francisco
Rasgado
Jornal
ChelaPress
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