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QUEM SERÁ O PRÓXIMO, E QUE HERANÇA? Quem fez, fez. Quem não fez, acabou. É tudo muito relactivo. O grupo tende sim, a ficar cada vez mais pequeno e mais fechado.





QUEM SERÁ O PRÓXIMO, E QUE HERANÇA?


A melhor maneira de lançar Angola no caminho do crescimento não é ouvir políticos, é ouvir os angolanos de Angola.


O M.P.L.A, partido da situação quer falar connosco. Primeiro foi a guerra fratricida desenvolvida na sequência da independência de Angola após o 25 de Abril de 1974, uma dádiva, sobretudo para a U.N.I.T.A e para o  M.P.L.A em estados moribundos na época. Depois a instalação do partido único e sua hedionda ditadura, agora é esta súbita, mais prevista crise.

2015 é, definitivamente, o ano das más notícias.

Há um mês aproximadamente, José Eduardo dos Santos anunciou o fórum Angola de verdade, uma iniciativa que envolveu os membros do concelho de Estado que pretende resolver problemas que preocupam os angolanos, designadamente com soluções que preocupem de outra maneira os angolanos.

O governo continua a misturar Angola e a verdade. Que são dois conceitos geralmente tidos como incompatíveis. Além de que, num ano como este, disporem-se a dizer a verdade aos angolanos, parece ser uma crueldade desnecessária.

José Eduardo dos Santos não cessa de nos surpreender. Depois de garantir que 2015 seria um ano perfeito para as famílias angolanas, o presidente da República resolveu mudar de ideia e, em mensagem natalícia, prometeu um ano difícil e exigente.

É provável que, nos próximos tempos, ou nos próximos dias, o presidente da República volte a mudar de ideia, negando tudo o que disse até ao momento. As contrariedades são perfeitamente compreensíveis: o presidente não faz a mais pálida ideia de como será 2015 e, assim vai atirando tudo a favor do vento. Uma ideia, porém, parece recorrente nas alterações políticas de José Eduardo dos Santos: aconteça o que acontecer, ele não será culpado de nada. Pelo contrario, o presidente está disposto a ajudar as famílias angolanas, os trabalhadores, as empresas e, mais, foi precisamente a coragem do seu governo que, ao pôr as contas em dia, preparou o país para as tormentas futuras.

Entendo, que José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola tenha que dizer estas coisas em tempos eleitorais e, não só, também para salvaguardar a sua integridade física e a continuidade da  família. Mas, também acredito que, lá no fundo, existirá um grilo na consciência do presidente que lhe dirá a verdade: o desaparecimento dos dinheiros da única fonte de rendimento “o petróleo”, foi mascarada a golpes de cosmética. O assalto contumaz ao erário público, foi um travão ao investimento e à criação de emprego. A despesa, essa gordura do Estado, não foi atacada com seriedade. O nosso endividamento esmaga-nos e paralisa-nos, a economia angolana, no fundo, não está preparada para coisa nenhuma, porque o governo do M.P.L.A no poder há 39 anos, desperdiçou um mandato e uma maioria após o fim da guerra fratricida em 2002.

Que o José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola lave agora as mãos e prometa caridade aos angolanos de Angola, eis um espectáculo que não redime os anos todos de governação. Apenas explica.

Quem fez, fez. Quem não fez, acabou. É tudo muito relactivo.
O grupo tende sim, a ficar cada vez mais pequeno e mais fechado.


Francisco Rasgado
Jornal ChelaPress
                                                                   

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