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O medo começou a tomar conta dos angolanos, preocupados com o rumo que o País está a seguir.

JOÃO LOURENÇO

PRESIDENTE ELEITO DE ANGOLA
CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

O medo começou a tomar conta dos angolanos, preocupados com o rumo que o País está a seguir.

 João Lourenço, Presidente da República de Angola, abriu formalmente o processo, que provocou o maior genocídio em terras angolanas, também denominado de “27 de Maio de 1977”. Outrossim, este não é um bom momento para João Lourenço, e seu executivo. É muito difícil reagir em situações assim, mas o Presidente escolheu o pior caminho, exaltando a figura do Dr. António Agostinho Neto. O delírio é um direito universal mas, não se espera vê-lo, em homens que estão no comando da Nação. É inimaginável, passados 42 anos, alguém interessado na reabilitação e endeusamento da imagem do Dr. António Agostinho Neto. E mais, que esteja a utilizá-la, como arma de arremesso contra José Eduardo dos Santos, que enquanto presidente, paulatinamente foi ignorando tal figura, tida, como responsável principal pelo maior genocídio, realizado em solo angolano.

José Eduardo dos Santos, governou mal, com algumas mortes graves pelo meio, e delapidou indiscriminadamente o País e o Dr. António Agostinho Neto, assassinou milhares e milhares de angolanos sem culpa formada e sem defesa. Qual dos dois foi o pior? Onde ficam os lesados, sem reconhecimentos?

Em Angola, na ordem do dia estão, as perseguições, ajustes de contas, amiguismo, caça ao homem e as intrigas.

Porém, realçamos que no caso de João Maria, Ex-procurador Geral da República e de Rui Ferreira, actual Presidente do Tribunal Supremo, acusados de envolvimento nas mortes de dois irmãos da família Rasgado e de Ngungo Arão, primeiro Comissário da Província de Benguela. Quanto a família Rasgado, nenhum deles está envolvido, no massacre da aludida família, assim como adianta-se que Rui Ferreira, até ao “27 de Maio de 1977”, nunca foi militar e muito menos capitão.

A família Rasgado, conhece bem, os animadores do genocídio, denominado de “27 de Maio de 1977”, os denunciadores e os matadores. Uns já morreram e outros, bem presentes no nosso seio de Benguela e Luanda.

Absurdo. A condecoração maior da Nação angolana, denominada de “Dr. António Agostinho Neto”, constitui uma afronta, um insulto, ao povo angolano, vítima de maior genocídio cometido por “Dr. António Agostinho Neto”, em solo angolano. Igual ao “Dr. António Agostinho Neto”, só mesmo o Hitler, Josef Stalin, Pol Pot, Kim Jong-Il, Slobodan Milosevic, Michel Micombero, Teodoro Obiang e tantos outros.

Como sempre, o povo não tem voz, não é tido nem achado, a boa maneira do MPLA.
Caso raro, raríssimo: estamos no meio de um maremoto militar, mas com faltas de diálogo entre as chefias militares, substituições, reformas inconcebíveis e muitos pedidos de abandono das F.A.A.- Forças Armadas Angolanas, ao mais alto nível. Todavia, a F.A.A, sob o comando do defunto, general João de Matos, efectuou um excelente trabalho de modernização, apetrechamento e sobretudo de desvinculação da mesma a política-MPLA, tornando-a apartidária. Hoje, passados vários anos, estamos de volta, a uma F.A.A, desta feita a reboque do presidente do MPLA. Os comandos não são consultados. As nomeações já não obedecem a critérios científicos e claros (comando de tropas, formação superior de arte de guerra, tempo e consensos). Refiro-me à integração de antigos quadros políticos do “Krémlin” (comissários políticos das ex-FAPLAForças Armadas Populares de Libertação de Angola), a frente das chefias das F.A.A, muitos deles, há muito, com cargos no partido e em Instituições para militares. Uma robusta mexida, nas altas chefias militares como forma de espantar os fantasmas. Cumpre enfatizar e, principalmente, chamar a atenção dos cidadãos para o facto de que Angola, em termos legislativos, caminha em sentido oposto ao propugnado pela matéria.

O cenário militar angolano, está a ficar envolvido num clima de fim da feira moral, de desesperança e indignação.

Chico Babalada / Francisco Rasgado

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