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ANGOLA NUM CAOS TOTAL



PAÍS NUM CAOS TOTAL  


UM AVISO À JOÃO LOURENÇO
 


Nunca se saberá ao certo, se a responsabilidade é mais de Rui Falcão, sobretudo, por aparecer agora, a reivindicar a sua continuação a frente da governação de Benguela, depois de ter dito veementemente ter vindo à Benguela, para tratar de assuntos pontuais de índole político. Substituir, com muito gosto, Isaac Francisco Maria dos Anjos e ganhar as eleições de 2017. Destruídas as imagens dos dois últimos governadores, particularmente a de Isaac dos Anjos, missão cumprida e outros voos políticos, supostamente, se levantavam. Ou de João Lourenço, presidente da República de Angola, tão cedo, se ter agarrado ao poder e rejeitado a voz daqueles que o elegeram. No entanto, o certo é que o MPLA mergulhou fundo numa guerra interna que, além de alguns episódios reprováveis entre os seus membros, começa agora a ter consequências concretas junto dos angolanos. E bem negativas.

De acordo com as últimas sondagens, realizadas pelo jornal ChelaPress e uma entidade que não  se quer identificar – e neste caso o plural é relevante, pois já é mais do que uma projecção a confirmar a tendência – o MPLA vai pagar caro a instabilidade. Continua a descer nas intenções de voto e dá primeiro sinal de estar vulnerável ao que durante muito tempo (desde o inicio do seu mandato, 2017), parecia impensável: se os angolanos fossem a votos hoje, o MPLA, com João Lourenço, perderia as eleições para a UNITA.

Melhor alerta em véspera de abertura das inscrições para as autárquicas em 2020 e eleições legislativas em 2022, o MPLA não podia ter. Pois, fechados em si próprios, o MPLA, ainda não tem certezas absolutas, de que vai conseguir evitar que os seus  membros de proa e militantes, se intrometam nas eleições do seu líder. Os angolanos mostram que vai ser preciso mais do que ideias soltas e ataques ao governo, para um bom resultado nas autárquicas de 2020 e nas legislativas de 2022.  

Na pauta angolana temos: os fracassos dos programas do governo, a inflação galopante, a instabilidade do Kwanza (moeda nacional) e a sua desvalorização diária, escassez de moedas estrangeiras (mentiras constantes do Banco Nacional), a falta de produção, empresas pequenas, médias e grandes, nacionais e estrangeiras a fecharem diariamente, o desemprego gritante, o abandono assustador de angolanos para o estrangeiro, o “bluffdo processo de luta contra a corrupção e por último, o eterno problema da seca no sul de Angola.



No MPLA, os mais optimistas sublinham que a próxima ida às urnas ainda está tão distante, que estas sondagens pouco ou nada, interessam. Pode até ser, mas entregar o destino ao tempo e à “Silly Seasonparece demasiado arriscado. Sobretudo, porque nada garante que em 2020, mesmo depois das eleições internas, o MPLA recupere a estabilidade. Pelo contrário. A estreia das autarquias tem tudo para ser turbulenta e uma victória curta de qualquer dos concorrentes dará certeza ao vencedor de um futuro sob pressão.

Não se divisa luz no túnel para a solução, nos próximos tempos, dos problemas angolanos.

Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress

      

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