OS HERDEIROS DE SAVIMBI
POR UMA OPOSIÇÃO FORTE… QUE GANHE O MELHOR!
Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress
A quantidade,
nem sempre faz a democracia, mas, sim, a qualidade.
Muitas vezes só serve mesmo, para criar confusões.
Em pouco tempo a
diferença política, tanto no seio da UNITA
como na relação com o MPLA,
partido no poder, há 44 anos, fez com que, a UNITA liderada por Isaías Samakuva, diminuísse o tom de oposição em relação ao MPLA de José Eduardo dos
Santos e agora, de João Lourenço. Outrossim,
é urgente animar o ambiente político angolano sacudindo a UNITA, o maior partido da oposição. A UNITA, depois da morte de Jonas
Malheiro Savimbi, líder incontestável,
apresentou-se órfã, sempre bastante comedida e frouxa, quer nas eleições, assim
como nas abordagens das fraudes brutais levadas a cabo pelo MPLA, com alguns avanços e muitos
recuos, em termos políticos.
Todavia, nos próximos dias,
já quarta-feira, a UNITA realiza entre
o dia 13 à 15 de Novembro de 2019, o seu XIII Congresso Ordinário, à ter lugar
em Luanda, com todos os candidatos,
delegados e convidados de diversas latitudes.
O XIII Congresso da UNITA, a eleição do substituto de Isaías Samakuva, vai ocorrer numa
altura, em que ambos (MPLA e UNITA), sabem que o MPLA, está a atravessar um momento de
fragilidade e o seu governo de crises constantes de afirmação política e sócio-económica.
Este Congresso vai
mudar radicalmente o mapa político da UNITA,
se quiser impor-se como uma verdadeira força política. Mas, será obra do
vencedor e dos perdedores saídos deste conclave. Caso contrário, corre o risco
de ver, mais uma vez, a UNITA a
desmembrar-se. Quase que arriscaria dizer, que o papel dos perdedores será tão
importante como o do vencedor. Voltarão a unir a UNITA, dissolvendo os grupos de eleitores vencedores e
perdedores. De qualquer forma, caberá ao
próximo presidente, decidir o que fazer com esta “espada”, incluindo mudar um pouco para que tudo fique na mesma.
Adalberto da Costa Júnior e José Pedro Catchiungo fazem a oposição que
os críticos de Isaías Samakuva, queriam
que ele fizesse, quer no conteúdo, quer no estilo. Preveêm-se abordagens e
discussões agitadas e truculentas, no congresso de 13 à 15 de Novembro de 2019.
À mesa do Congresso da UNITA estão
cinco propostas para votação: a do Adalberto
da Costa Júnior, a do Alcides Sakala,
a do José Pedro Catchiungo, a do Abílio Kamalata Numa e a do Raúl Danda. Porém, o Paulo Lukamba Gato, um dos meninos
bonitos de Jonas Malheiro Savimbi,
desta vez, inteligentemente, ficou de fora. Qual das
cinco propostas é a mais viável, com pernas para andar? E de que lado estão os
filhos de Savimbi? Será com o Samakuva e Sakala? Já lá vão os tempos
da UNITA profunda, do só o
ruralismo. Os tempos são outros e de brigas políticas, na opinião de elementos
influentes da UNITA.
Tal como Isaías Samakuva, Alcides Sakala é a
aposta do MPLA – por um ambiente menos acutilante, mais flexível e manobrável. O
primeiro, ainda, soube tirar alguns proveitos, quanto ao segundo… Só Deus
saberá!
Respaldado por um grande partido, o segundo maior
de Angola, a seguir ao MPLA, e com o
apoio de “velhas raposas” políticas
do quilate de José Samuel Chiwale, Ernesto
Mulato, Eugénio Ngolo “Manuvakola”, Mártires Correia Victor, Isaías Chitombi,
Demóstenes Chilingutila e Jardo Muekália, o candidato à presidência da UNITA,
Adalberto da Costa Júnior vem
conseguindo, de forma genial, destacar-se nas articulações públicas e de
bastidores, no seio da UNITA e junto
de milhares de militantes discordantes do MPLA.
Caso o Adalberto vença, as restantes
candidaturas da UNITA e transforme-se
em candidato natural à presidência de Angola, todos os descontentes do MPLA, estarão com a UNITA. Na campanha para a sua eleição,
ao lugar maior da UNITA, Adalberto da
Costa Júnior, tem se mostrado incansável, na luta pelo voto, á favor das
mudanças. Seu empenho, sobretudo, no
Parlamento, já lhe valeu reconhecimento nacional e internacional. Embora ainda seja
de opinião, que o Adalberto, devia amadurecer um pouco mais a sua candidatura. Pois
é, o tempo não espera… Mais tarde, também pode ser tarde demais!
O importante é estar
de bem com a vida, apesar das dificuldades de caixa e outros falsos problemas,
levantados, á sua volta pelos seus dectratores, nomeadamente da própria UNITA e do MPLA. O MPLA tem plena consciência
que uma vitória de Adalberto da Costa Júnior,
no pleito que se avizinha no interior da UNITA, o cenário político angolano muda drasticamente, favorecendo
a política real. O MPLA, não vê com
bom olhos uma eventual vitória de Adalberto da Costa Júnior e tudo fará,
para que isso não aconteça, utilizando todos os meios disponíveis de corrupção
e de suborno, junto de elementos influentes da UNITA. Assim, acabaram com a FNLA
de Hordem Roberto, o PRD de Luís dos Passos e outras mais iniciativas políticas.
POR UMA
OPOSIÇÃO FORTE, QUE GANHE O MELHOR!
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