UM AMANHÃ ESPINHOSO
Como será a coabitação dos dois
pequenos grandes vencedores das eleições de 23 de Agosto de 2017 – a UNITA e a
CASA-CE com o MPLA, partido da situação? Para quando a alternância do poder em
Angola? Uns, alimentam a ideia de que ela vai sair do seio do MPLA, caso João
Lourenço, não consiga dar a volta ao bilhar, ou seja, cortar com o triste
passado de José Eduardo dos Santos. Outros admitem que vá surgir da frente
unida, constituída pela UNITA, CASA-CE e residuais. Estamos aqui para ver!
No momento em que Angola carece de união é de enaltecer, o projecto do João Manuel Gonçalves Lourenço, o novo
presidente da república de Angola, apresentado por ocasião da sua tomada de
posse. Promove a solidariedade em toda a extensão do país através de politicas
sociais, económicas, anticorrupção e de combate ao crime organizado.
A geração de João Lourenço, o
novo presidente da República de Angola, já não tem muito tempo para esperar.
Não quer esperar mais. Já foram 42 anos
de desperdícios.
Uma das grandes questões do próximo ano será o futuro da coligação CASA-CE e do seu presidente, Abel Chivukuvuku. Aguenta-se ou não?
Haverá birras, intrigas, amuos e mais ou menos desencontros, ou, a corda
acabará por partir quando menos se espera - naquele momento, absolutamente
definitivo em que algo de essencial se quebra e a relação já não tem volta? Não
é por razões de mera retórica política que o tema do estado da coligação se
deve colocar, sobretudo, por ter ficado aquém dos resultados preconizados, não
obstante, ter averbado 16 deputados, mais oito (8) em relação às eleições de
2012. Pelas nossas previsões, 2017 será um ano em que a resistência, ou melhor,
a sanidade da coligação, com todos os seus pesos pesados, será constantemente
posta à prova. Aí virão ao de cima, importantes diferenças entre os partidos e
entidades individuais, que compõem a coligação.
No entanto, já perfilam nomes como: André
Gaspar Mendes de Carvalho “Miau”,
Lindo Bernardo Tito e Carlos Pinho para
substituição de Abel Chivukuvuku, seu
fundador.
Quanto a UNITA, com o tão
esperado pronunciamento de Isaias N’gola
Samakuva, quanto a sua saída da liderança da UNITA, os seus membros influentes já começaram a terçar armas sobre
o assunto: do novo formato da UNITA
e do nome certo, para o lugar certo, agora que o resultado nas eleições de 23
de Agosto de 2017, também não ultrapassou as expectativas.
A UNITA, embora tenha passado
de 32 deputados para uma maior representação na Assembleia Nacional, não
conseguiu atingir um score confortável.
Como a fila anda, em prontidão para substituição de Isaias Samakuva, estão Rafael
Savimbi, Raul Danda, Paulo Lukamba Gato, Abílio Kamalata Numa e Adalberto Costa Júnior.
Francisco Rasgado / Chico Babalada
Jornal ChelaPress
Nenhum comentário:
Postar um comentário